VINDO DA Tailândia

Arroz importado chegará em até 40 dias, diz ministro da Agricultura

Primeira remessa é destinada a evitar a alta de preços no mercado interno; tragédia no Rio Grande do Sul incentivou a especulação de alguns comerciantes que estocaram o alimento

Arroz importado chegará em até 40 dias, diz ministro da Agricultura
Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro – Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A primeira remessa de arroz importado da Tailândia, destinada a evitar a alta de preços no mercado interno, deve chegar aos supermercados em 30 a 40 dias. Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, essa compra foi feita antes da redução de tributos anunciada pelo governo, mas contribuirá para reverter os preços elevados devido às chuvas no Rio Grande do Sul, que aumentaram o preço do arroz em até 40%.

Publicidade

No programa “Bom Dia, Ministro”, Fávaro informou que um edital será publicado nesta quarta-feira (29), estabelecendo um prazo de 90 dias para a primeira compra de arroz sem os tributos de importação, que atualmente chegam a 12%. Essa medida garantirá preços melhores e o abastecimento do produto.

O arroz importado sem tributos terá uma embalagem especial e será vendido a um preço máximo de R$ 20 para o pacote de 5 quilos de arroz agulhinha tipo 1, preferido pela maioria dos brasileiros. O governo está controlando gradualmente as compras para manter os preços em níveis acessíveis para a população.

Com relação à importação de arroz, precisamos olhar o problema de uma forma holística, levando em conta as consequências que a tragédia no Rio Grande do Sul terá para a população brasileira. O estado concentra 70% do arroz produzido no Brasil. Outros 15% são produzidos em Santa Catarina; e os outros 15% pelo restante do Brasil”, disse.

Alta do arroz preocupou o governo

Segundo o ministro, a tragédia no Rio Grande do Sul incentivou a especulação de alguns comerciantes que estocaram arroz, resultando em um aumento de 30% a 40% nos preços nos últimos 30 dias. “O inferno vai ser pequeno porque não vai caber tanta gente maldosa que criou um movimento especulativo em cima da tragédia“, afirmou.

Publicidade

Preocupado com a alta nos preços, o governo editou uma medida provisória autorizando a compra de arroz no mercado externo para combater a especulação. Fávaro garantiu que o estoque no Rio Grande do Sul é suficiente para abastecer o país, e que, com o aumento da oferta, não haverá necessidade de racionamento ou controle de vendas nos supermercados. Ele assegurou que não há risco de desabastecimento, destacando que o Brasil continua sendo um grande produtor agrícola.

Inicialmente, o governo tentou comprar 100 mil toneladas de arroz, mas a especulação fez os preços subirem ainda mais. Agora, o governo está disposto a comprar até 1 milhão de toneladas, embora talvez não seja necessário adquirir tudo isso. A chegada do alimento importado dependerá do fornecedor, podendo demorar mais se for da Ásia.

A tentativa inicial de compra junto aos países do Mercosul, que são mais competitivos por não terem tributos para vendas ao Brasil, também enfrentou especulação. Durante o leilão de 100 mil toneladas, o preço subiu tanto que o valor disponível só permitia comprar 70 mil toneladas. Como resultado, o governo suspendeu o leilão e agora está aberto a todos os vendedores interessados.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.