SP E RJ JUNTOS

Governadores divergem de alguns pontos da reforma tributária

Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a proposta deve ser votada até a próxima sexta-feira, 7

Governadores divergem de alguns pontos da reforma tributária
O projeto da reforma tributária deve ser votado na Câmara dos Deputados até a próxima sexta-feira, 7; ainda há divergências sobre o texto final (Crédito: Canva Fotos)

Os governadores de São Paulo (SP), Tarcísio de Freitas, e do Rio de Janeiro (RJ), Cláudio Castro, divergem de alguns pontos da reforma tributária. A proposta deve ir ao plenário da Câmara dos Deputados ainda nesta semana. Na reta final antes da votação, articuladores do texto tentam alinhar pontos da proposta que trazem divergências.

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Parte da “luta” travada pela reforma tributária se concentra nos governadores estaduais. Há divergências, por exemplo, em relação ao Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) e ao conselho federativo.

O texto preliminar prevê que o FDR irá crescer em progressão de 2029 a 2033, e atingirá R$ 40 bilhões. O valor pode subir cerca de R$ 10 bilhões. Governadores emitiram um sinal pedindo R$ 75 milhões.

Sobre a distribuição do FDR, parte dos governadores defende que o principal critério seja o PIB invertido (estados mais pobres ganham mais recursos). Outros mandatários estaduais solicitam que a metodologia considere a população e o número de beneficiários do Bolsa Família.

O governo também já admite ajustes para mudanças nas prerrogativas do conselho federativo, que tem sido muito criticado por governadores e prefeitos, em especial de SP e RJ. Pela nova proposta, caberia a um colegiado federal, formado por representantes das unidades federativas, administrar o IBS, imposto que resultará da fusão entre o ICMS e o ISS.

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Os governadores de SP e RJ avaliam que o mecanismo diminuirá a independência das unidades federativas na arrecadação dos impostos. A maior importante demanda dos municípios que divergem do substitutivo apresentado passa pela administração dos impostos.

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) sinalizou que a reforma, ao acabar com o ISS (que se une ao ICMS para formar o Imposto sobreIBS), tira a autonomia das cidades.

Segundo a FNP, o suposto aumento da carga tributária ao setor de serviços também impactaria a dinâmica arrecadatória para os municípios. Segundo cálculos de associações, a carga para as empresas do ramo deve subir.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que quer votar a proposta da reforma até a próxima sexta-feira (7).

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