
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil tem uma democracia barulhenta, mas que é robusta e respeitada por estrangeiros. A avaliação foi feita em sua participação do Fórum Econômico Mundial, em Davos. “É barulhenta, mas é democracia. Barulhenta, mas funcional”, concluiu Guedes.
“Democracia é um algoritmo de decisão política descentralizada. E, por isso, faz barulho. O presidente fala uma coisa, o Supremo fala outra e o Congresso outra. É normal numa democracia”. “É uma democracia robusta, resiliente. Barulhenta, porém resiliente”, completou o ministro.
Guedes aponta que a democracia brasileira passa, atualmente, por um processo de “demarcação de território”. “Eles tentam marcar território. Às vezes, o Supremo tenta marcar do lado do IPI ou ICMS. Aí, o Legislativo precisa avisar que quem legisla ‘somos nós’”, explicou ele, ao lembrar também de nomeações do Executivo que foram barradas pelo Supremo, como outro exemplo.
Segundo a CNN, o ministro disse que durante o Fórum Econômico Mundial, só foi questionado uma vez sobre o processo eleitoral do país. Para Guedes, estrangeiros respeitam a democracia brasileira. “Havia certa descrença com a funcionalidade da democracia brasileira porque muita gente vendia que havia risco com a vitória de Bolsonaro, mas ele tem direito à opinião dele. E essa descrença acabou. Hoje, eles (estrangeiros) olham com respeito”, concluiu o ministro.
#DAVOS I O ministro Paulo Guedes se reuniu hoje (24), em Davos, com o CEO do DP World, Sultan Ahmed bin Sulayem. O presidente da empresa comentou o interesse em promover investimentos no setor de portos e serviços portuários no Brasil.
— Ministério da Economia (@MinEconomia) May 24, 2022