A segunda emissão de títulos soberanos sustentáveis do Brasil no mercado internacional, prevista para ocorrer nos próximos meses, financiará projetos de economia circular e de saneamento não contemplados no primeiro lançamento. O Tesouro Nacional incluiu esses segmentos no Relatório de Pré-Emissão, divulgado na última sexta-feira (24).
Segundo o relatório do Tesouro, os recursos obtidos com os títulos soberanos sustentáveis do Brasil serão destinados a projetos de nove segmentos, sete ligados à área ambiental e dois ligados à área social. O órgão elaborou uma estimativa de distribuição para cada um desses segmentos, com sublimites mínimos e máximos de divisão de recursos.
O documento repetiu os limites totais do ano passado, segundo os quais os projetos de meio ambiente ficarão com 50% a 60% dos recursos levantados no exterior. Os projetos sociais terão os 40% a 50% restantes. No entanto, a distribuição interna das atividades a serem financiadas mudou em relação à primeira emissão de títulos verdes, ocorrida em novembro do ano passado na bolsa de Nova York.
O Tesouro divulgou a distribuição do dinheiro a ser levantado no mercado externo. O relatório não apresenta estimativas de quanto pretende arrecadar com a emissão de papéis no mercado estrangeiro, mas o ministério pretende repetir os US$ 2 bilhões, cerca de US$ 10 bilhões pelo câmbio atual, levantados na primeira operação no ano passado.
Nos projetos ambientais, a distribuição ficará da seguinte forma:
• Energia renovável: 30% a 34%;
• Transporte limpo: 13% a 17%;
• Controle de emissões de gases de efeito estufa: 4% a 5%;
• Adaptação às mudanças climáticas: 1% a 4%;
• Biodiversidade terrestre e aquática: 1% a 2%;
• Eficiência energética: 0,5% a 1%;
• Economia circular: 0,5% a 1%;
• Total: 50% a 60%.
Nos projetos sociais, os sublimites obedecerão aos seguintes intervalos:
• Combate à pobreza: 36% a 46%;
• Acesso à infraestrutura básica: 4% a 8%;
• Total: 40% a 50%.