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O que se sabe sobre o pedido de recuperação judicial da Polishop?

A empresa enfrenta uma dívida de R$ 395 milhões e vinha tentando negociar seus débitos com credores, sem sucesso, ainda sofrendo os impactos da pandemia de Covid-19

A Polishop, renomada varejista brasileira, entrou com pedido de recuperação judicial. A solicitação foi protocolada na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Gigante do varejo sofre com despejos e demissões em massa – Créditos: Reprodução

A Polishop, renomada varejista brasileira, entrou com pedido de recuperação judicial. A solicitação foi protocolada na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A empresa enfrenta uma dívida de R$ 395 milhões e vinha tentando negociar seus débitos com credores, sem sucesso, ainda sofrendo os impactos da pandemia de Covid-19.

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Desde o ano passado, a Polishop tem enfrentado dificuldades financeiras significativas. Entre 2022 e 2024, mais de 50 ações de despejo foram movidas contra a rede de varejo devido à inadimplência em diversos shoppings. A crise levou ao fechamento de mais da metade das lojas físicas da empresa e à demissão de aproximadamente dois mil funcionários. Atualmente, a empresa tem 58 pontos físicos, porém está em risco de despejo em 17 endereços.

Em abril, a Polishop anunciou um plano de restruturação que incluía a implementação de um modelo de franquias, com a previsão de abrir mais de 300 unidades até 2028. No entanto, a elevação da taxa Selic e a restrição ao crédito, especialmente no setor varejista, aumentaram significativamente os custos financeiros e o endividamento das famílias, agravando a situação da empresa.

“O aumento do custo de ocupação dos shoppings, regulado pelo IGP-M [Índice Geral de Preços – Mercado], pressionou ainda mais os custos operacionais”, afirmou João Appolinário, presidente e fundador da Polishop, em nota divulgada na época.

Polishop se junta a grandes empresas como Casas Bahia e Subway

No fim de abril, o Grupo Casas Bahia entrou com um pedido de recuperação extrajudicial para o reposicionamento de dívidas financeiras estimadas em R$ 4,1 bilhões. O principal ponto do plano trata de um alongamento da dívida do grupo, que pode ser paga, agora, em um período de até 72 meses (ou seja, seis anos).

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Anteriormente, no mês de março, a SouthRock Capital, empresa que controla as franquias do Subway e Starbucks no Brasil, incluiu aquele em seu plano de recuperação judicial. “Um pequeno grupo de credores entendeu por bem interromper as produtivas e amigáveis negociações e conversas que até então vinham sendo mantidas”, notificou a SouthRock, no pedido protocolado na 1ª Vara de Falências de São Paulo.

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