Nesta quarta-feira (28) celebra-se o Dia do Bancário, que reconhece as conquistas e lutas dos trabalhadores das instituições financeiras públicas e privadas no Brasil. Este dia é um tributo ao movimento democrático e de cidadania que tem inspirado bancários de todo o país a batalhar por seus direitos e pela valorização de sua profissão.
A origem desta data remonta a 1951, quando a categoria bancária protagonizou uma das mais longas greves da história do sistema financeiro brasileiro. Foram 69 dias de paralisação, em uma luta que demandava reajuste salarial, salário-mínimo profissional e adicional por tempo de serviço.
Oficialmente reconhecida no 4° Congresso Nacional dos Bancários, em 1952, e transformada em lei em 1964, a data de 28 de agosto é um símbolo de persistência, resistência e de inumeráveis vitórias coletivas. Desde então, mais de mil cidades brasileiras instituíram essa comemoração como feriado.
Como Surgiu o Dia do Bancário?
A greve de 1951 deixou um legado duradouro. Após enfrentar repressões, demissões e perseguições, os bancários conquistaram um reajuste de 31%, desafiando a Lei de Greve do governo Eurico Gaspar Dutra. Este movimento fortaleceu a organização sindical, levando à criação de diversos sindicatos e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 1955.
Desde então, a categoria bancária não parou mais de avançar. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que completa 32 anos em 2024, é um dos maiores triunfos. Com caráter nacional e unificado, a CCT garante direitos que vão além das previsões da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), sendo uma referência nacional.
Segundo Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), o Dia do Bancário precisa ser celebrado de forma consciente. Ele destaca a importância da Caixa Econômica Federal como um banco público vital para o desenvolvimento sustentável do Brasil. A Caixa contribui significativamente através de linhas de crédito para programas de habitação social e popular.
Para Takemoto, a categoria bancária é um exemplo de resistência e organização. “Tudo que conquistamos até agora resultou da nossa unidade em defesa dos nossos direitos, sempre em articulação com a classe trabalhadora”, afirmou ele em entrevista à redação da empresa, destacando a relevância da mesa unificada nacional de negociação e os acordos específicos dos bancos públicos.
Neste dia do bancário e da bancária, reforçamos a luta desta categoria aguerrida. Dirigentes sindicais estão resistindo às investidas da Fenaban de impor um reajuste que representa uma perda de R$1,2 bilhão.
Viva a luta dos bancários! Por mais valorização e reconhecimento! pic.twitter.com/rh0o6aaDcd
— CUT São Paulo (@CUTsaopaulo) August 28, 2024