IA NA EDUCAÇÃO

Inteligência Artificial é utilizada para corrigir redações de alunos em SP

Objetivo é usar tecnologia para agilizar o processo de correção dos textos; nota final ainda depende de professor

Só no último semestre, mais de 3 milhões de redações foram produzidas pelos alunos, mas levaram cerca de duas semanas para serem devolvidas pelos professores.
A ferramenta aponta os erros gramaticais e de ortografia nas redações – Crédito: Reprodução / SBTNews

As redações feitar por alunos das escolas da rede estadual de São Paulo começaram a ser corrigidas por um programa de Inteligência Artificial. O objetivo é usar a tecnologia para agilizar o processo de correção dos textos.

Publicidade

A ferramenta aponta os erros gramaticais e de ortografia nas redações. Somente após esse processo é que o texto será encaminhado ao professor. Ele pode concordar ou alterar a avaliação feita pela plataforma e ainda pode acrescentar comentários sobre a coerência e argumentação do texto aluno. A nota final também é dada pelo profissional, antes de devolver a produção ao estudante.

Segundo matéria do SBTNews, a inteligência artificial já é usada em textos de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Só no último semestre, mais de 3 milhões de redações foram produzidas pelos estudantes, mas levaram cerca de duas semanas para serem devolvidas pelos professores. Com a tecnologia, o Governo do Estado espera diminuir essa fila.

Em um evento recente sobre ações do próximo ano, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse em entrevista ao jornalista Marco Pagetti, do SBTNews, que as tecnologias devem ganhar mais espaço na educação estadual. “As ferramentas digitais são complementares. No final, a gente quer dar suporte ao professor, ou seja, instrumentos para que o professor tenha facilidade de ministrar conteúdos”, argumentou o governador.

Também em entrevista ao veículo de imprensa, o professor titular da Universidade Federal de São Carlos, Antônio Zuin, alerta que, embora traga agilidade, a inteligência artificial não pode atrapalhar o processo de formação dos alunos. “Você tem a possibilidade de devolutiva muito boa, para os alunos, em um tempo mais reduzido, digamos assim. Mas, isso não pode fazer com que o professor deixe de se posicionar, e deixe de interagir, cada vez mais, para que se desenvolva um processo formativo do aluno e da aluna. Não só o processo técnico, mas o processo formativo”, pondera o professor.

Publicidade

 * Texto sob supervisão de Lilian Coelho

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.