25ª edição

Filme sobre batalha estudantil da Maria Antônia é o grande vencedor do Festival do Rio

O longa resgata o conflito entre estudantes da Universidade de São Paulo e da Universidade Presbiteriana Mackenzie na rua Maria Antônia, em 2 de outubro de 1968

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(Créditos: Divulga~]ao / Festival do Rio)

A Batalha da Rua Maria Antônia, filme de Vera Egito (Amores UrbanosElis: Viver é Melhor que Sonhar), foi o grande vencedor da 25ª edição do Festival do Rio, que aconteceu entre os dias 5 e 15 de outubro, no Rio de Janeiro.

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O longa, que resgata o conflito entre estudantes da Universidade de São Paulo e da Universidade Presbiteriana Mackenzie na rua Maria Antônia, em 2 de outubro de 1968, venceu o prêmio de Melhor Filme de Ficção no circutiro Première Brasil, dedicado a produções nacionais e uma das principais vitrines do cinema brasileiro.

O prêmio de Melhor Documentário foi para Othelo, o Grande, do diretor e produtor Lucas H. Rossi dos Santos (Canastra Suja, A Morte Habita à Noite), sobre a vida e a obra do ator e comediante Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo; e Melhor Curta ficou com Cabana, de Adriana de Faria, em que uma mulher da Revolução Cabana recebe uma visita indesejada em meio à Floresta Amazônica.

O Dia que Te Conheci, dirigido por André Novais Oliveira, que conta a história de um homem com dificuldade para acordar cedo e viajar para o trabalho até conhecer uma jovem chamada Luisa, recebeu o Prêmio Especial do Júri, encabeçado por Laís Bodanzky, de Bicho de Sete Cabeças (2000) e A Viagem de Pedro (2021), e formado por Gaia Furrer, Isabél Zuaa, João Vieira Jr. e Renata Pinheiro.

Além dos filmes premiados, o Festival do Rio também homenageou a atriz Nanda Costa e a compositora e percussionista Lan Lanh com o Troféu Suzy Capó de Personalidade do Ano, dedicado a artistas LGBTQIAPN+ que se destacaram no último ano.

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Em seu discurso, Nanda falou sobre a luta pelas causas da comunidade e celebrou romance com Lan Lan: “Quando subi nesse palco pela primeira vez para receber o prêmio pelo filme da Sandra, aqui no Festival, minha namorada estava sentada ali. E eu não pude comemorar com ela. Eu estava realizando um sonho, mas não me senti inteira. Hoje, estou aqui com minha mulher, minhas filhas, minha família”, declarou. A seguir, confira todos os vencedores da 25ª edição do Festival do Rio:

PREMIÈRE BRASIL

O júri da Premiére Brasil é presidido pela diretora, roteirista e produtora Laís Bodanzky e formado por Gaia Furrer, Isabél Zuaa, João Vieira Jr. e Renata Pinheiro.

  • Melhor Curta: Cabana, de Adriana de Faria. Produção: Adriana de Faria e Tayana Pinheiro
  • Melhor Documentário: Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos. Produção Franco Filmes
  • Melhor Direção de Documentário: Daniel Gonçalves, por Assexybilidade. Produção: TvZero
  • Menção honrosa para Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos. Produção: Espiral
  • Melhor Atriz: Maeve Jinkings, por Pedágio. Produção: Biônica Filmes e O Som e a Fúria, e Grace Passô, por O Dia que te conheci. Produção: Filmes de Plástico
  • Melhor Ator: Kauã Alvarenga, por Pedágio. Produção: Biônica Filmes e O Som e a Fúria
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Aline Marta Maia, por Pedágio. Produção: Biônica Filmes e O Som e a Fúria
  • Melhor Ator Coadjuvante: Carlos Francisco, por Estranho Caminho. Produção: Tardo Filmes
  • Melhor Fotografia: Evgenia Alexandrova, por Sem Coração. Produção: Cinemascópio Filmes
  • Melhor Direção de Arte: Vicente Saldanha, por Pedágio. Produção: Biônica Filmes e O Som e a Fúria
  • Melhor Montagem: Eva Randolph, por Levante. Produção: Arissas
  • Melhor Roteiro: Guto Parente, por Estranho Caminho. Produção Tardo Filmes
  • Melhor Direção de Ficção: Lillah Halla, por Levante. Produção: Arissas
  • Melhor Filme de Ficção: A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito. Produção: Paranoid Filmes
  • Prêmio Especial do Júri: O Dia que te Conheci, de André Novais de Oliveira. Produção: Filmes de Plástico

PREMIÈRE BRASIL – NOVOS RUMOS

O júri da Première Brasil – Novos Rumos é presidido pelo ator Johnny Massaro e composto por Beatriz Seigner, Jéssica Ellen e Pedro Bronz.

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  • Melhor Longa: Saudade fez morada aqui dentro, de Haroldo Borges. Produção: Plano 3 Filmes
  • Melhor Curta: Dependências, de Luisa Arraes. Produção: Cosmo Cine e Paris Produções
  • Melhor Direção: Ricardo Alves Jr. por Tudo o que você podia ser. Produção: Entrefimes
  • Prêmio Especial do Júri: A Alma das Coisas, de Douglas Soares. Produção: Acalante Filmes
  • Menção Honrosa para Iracemas, de Tuca Siqueira. Produção: República Pureza Olinda
  • Menção Honrosa para Bizarros Peixes das Fossas Abissais, de Marão. Produção: Marão Filmes

PRÊMIO FELIX

  • Melhor Filme Brasileiro: Sem Coração, de Tião e Nara Normande
  • Melhor Filme Internacional: 20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren
  • Melhor Documentário: Orlando, Minha Biografia Política, de Paul B. Preciado
  • Menção Honrosa de Documentário: Assexybilidade, de Daniel Gonçalves 
  • Prêmio Especial do Júri: Tudo o que você podia ser, de Ricardo Alves Jr.
  • Troféu Suzy Capó de personalidade do ano: Nanda Costa e Lan Lanh

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