André Felippe Falbo Ferreira, conhecido como Pampa, faleceu nesta sexta-feira (7) devido a complicações pulmonares resultantes de uma reação à quimioterapia. O ex-jogador de volêi tinha 59 anos e estava lutando contra um linfoma (câncer do sistema linfático). Ele estava internado na UTI da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Trajetória de Pampa
Nascido em Recife, Pampa teve uma carreira notável no vôlei, competindo em sua primeira Olimpíada em Seul, em 1988, onde a seleção brasileira alcançou o quarto lugar. Quatro anos depois, ele conquistou o ouro olímpico nos Jogos de Barcelona. Além de sua atuação em clubes brasileiros como Palmeiras e Suzano, Pampa também deixou sua marca em equipes internacionais, incluindo passagens pela Lazio e Napoli na Itália e pelo Nec/Osaka, no Japão.
Seu apelido, Pampa, surgiu devido à força de sua cortada, comparada ao coice de um cavalo pampa. Após encerrar sua carreira esportiva, ele se dedicou à política e à administração pública, ocupando cargos como Secretário de Esportes em Suzano (SP), Campos (RJ) e Superintendente Estadual de Esportes de Pernambuco.
Embora tenha sido reserva na conquista do ouro olímpico de 1992, Pampa desempenhou um papel crucial em momentos decisivos, como no terceiro set contra a Argélia, durante a fase de grupos, onde seus saques seguidos garantiram a vitória para a equipe brasileira. O ex-jogador deixa sua esposa, Paula Falbo, e duas filhas, Isabella Maria e Rafaella Ferrer.
Figuras do esporte lamentam a morte do jogador
Diferentes figuras do esporte lamentaram a morte do jogador. O presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Radamés Lattati, disse que “Pampa era um jogador de extremo talento e fez parte da geração que levou o vôlei brasileiro pela primeira vez ao alto do pódio olímpico. Será para sempre referência. É um dia muito triste para todo o voleibol brasileiro. A CBV se solidariza com a família e os amigos deste grande jogador, que escreveu seu nome para sempre na história do esporte mundial”.
Com pesar e grande tristeza, a CBV recebeu a notícia do falecimento do campeão olímpico Pampa nesta sexta-feira.
A CBV se solidariza com a família e os amigos deste grande jogador, que escreveu seu nome para sempre na história do esporte mundial. pic.twitter.com/rNjsRQGtGN
— Vôlei Brasil (@volei) June 7, 2024
O jornalista Milton Neves se solidarizou:
Muito triste com a morte do grande amigo Pampa, herói do nosso vôlei. Força para sua linda família! 🙏 pic.twitter.com/MXhRFCmPPH
— Milton Neves (@Miltonneves) June 7, 2024
Lamentamos profundamente a morte do ídolo Pampa, campeão olímpico de vôlei nos Jogos de Barcelona-1992 e atleta do Palmeiras na década de 1990. Prestamos nossas condolências aos familiares, amigos e fãs deste grande expoente do esporte nacional, que nos deixou nesta sexta-feira… pic.twitter.com/aIeUOOxVXy
— SE Palmeiras (@Palmeiras) June 7, 2024
O comentarista esportivo e ex-jogador Capitão Nalbert lembrou quando chegou na seleção brasileira adulta e “herdou” a camisa 12 do Pampa. “Nunca me esquecerei do jeito carinhoso e irreverente que ele abordou o assunto quando nos encontramos. Ele me um tapa nas costas e falou: ‘Muleque, olha lá hein! Vai lá e arrebenta! Continua honrando essa camisa 12 aí!’“, escreveu.
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Maurício, ex-jogador de vôlei, expressou tristeza pela perda de seu colega de seleção. “Meu amigo, parceiro de quadras. Nunca irei te esquecer, Deus o receberá com amor“, declarou ele.
Bruninho, atual jogador da seleção brasileira de vôlei, também prestou homenagem: “Descanse em paz, ídolo”, escreveu.