Com a contagem regressiva para as Olimpíadas de Paris já em curso, a atenção se volta para um aspecto curioso e inovador das acomodações dos atletas: as camas de papelão. Esses móveis peculiares, inicialmente rotulados como “antissexo” durante os Jogos de Tóquio em 2021, estão novamente sob os holofotes, desta vez com avaliações positivas vindo direto da Vila Olímpica.
Atletas de diferentes modalidades, como ginástica e tênis, já compartilharam suas experiências testando a durabilidade e conforto dessas camas. Entre eles, Rhys McClenaghan, ginasta irlandês, destacou em vídeos nas redes sociais que, após testar a resistência da cama com manobras de ginástica, considera as alegações de fragilidade como “fake news“.
Fabricadas com papelão, estas camas são projetadas para suportar até cerca de 200 quilos. Sua estrutura é pensada não apenas para oferecer sustentação, mas também com preocupações ambientais, sendo totalmente recicláveis. Essa inovação reflete uma crescente conscientização sobre a sustentabilidade nos grandes eventos esportivos.
@dasha_tofu Testing out the cardboard beds at the Olympic Village @Ilona Maher #AllezAUS #Paris2024 #Olympics #Tennis #ParisOlympics2024 #ParisOlympics #olympics2024 ♬ original sound – Dasha & Tofu
Por que as camas receberam o apelido de “antissexo”?
A fama começou em Tóquio 2021 quando boatos surgiram indicando que a escolha de material visava desencorajar a intimidade física entre os atletas, visando a manutenção do distanciamento pela saúde. Entretanto, a realidade deste projeto é muito mais alinhada à sustentabilidade e eficiência.
Além do mais, a organização dos Jogos de Paris planeja distribuir 300 mil preservativos, contrapondo diretamente a ideia de que querem evitar a intimidade entre os competidores.
@tomdaley CARBOARD BEDS IN THE OLYMPIC VILLAGE! #paris2024 #olympics ♬ original sound – Tom Daley
Para além da durabilidade, outro ponto de destaque é o conforto oferecido pelas novas camas. Cada colchão é formado por três blocos intercambiáveis, cujos graus de dureza variam. Essa personalização permite que se adaptem a diferentes tipos de corpo e necessidades, garantindo uma noite de sono reparadora para os atletas.
Tecnologias adicionais, como um aplicativo de Inteligência Artificial responsável por escanear o corpo dos atletas para adequar o melhor setup do colchão, complementam a experiência. Os jogadores de rúgbi, por exemplo, frequentemente preferem uma configuração com uma base mais firme, enquanto nadadores, que tendem a ter um biotipo mais longilíneo, optam por uma configuração mais macia.