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Ivanisevic desabafa sobre relação com Djokovic: “Devemos admitir…”

Depois que Novak Djokovic explicou o fim da parceria com Goran Ivanisevic, ex-treinador de sérvio fala pela primeira vez sobre situação

Depois que Novak Djokovic explicou o fim da parceria com Goran Ivanisevic, ex-treinador de sérvio fala pela primeira vez sobre situação
Goran Ivanisevic e Novak Djokovic – Créditos: Getty Images

Após o sérvio Novak Djokovic explicar o que levou ao fim da parceria com o treinador croata Goran Ivanisevic, falando sobre estagnação no trabalho, foi a vez do próprio técnico dar a sua versão dos fatos sobre a separação. Durante uma entrevista para o “Tennis Majors”, o campeão de Wimbledon de 2001 revelou que não houve uma razão central para a ruptura, mas admite que a relação entre os dois já estava desgastada.

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“Não há um motivo específico, mas devemos admitir que ambos temos uma sensação de cansaço e saturação. Às vezes as pessoas esquecem toda a tensão que tivemos que enfrentar juntos, como quando ele foi apontado como o maior vilão do planeta por tudo o que aconteceu durante a pandemia. Chegamos a um ponto de saturação em que eu me cansei dele e ele se cansou de mim. Além disso, tive a sensação de que não poderia mais ser útil para ele”, comentou Ivanisevic.

“Percebi que estávamos chegando a esse ponto pela primeira vez no ano passado, nos Estados Unidos, embora a derrota na final de Wimbledon tenha nos afetado muito, principalmente a mim. Aí ele venceu o Alcaraz naquela decisão memorável em Cincinnati e eu já sabia que o nosso fim estava próximo. Talvez devêssemos ter desistido depois do US Open, mas fiz uma cirurgia no joelho e deixamos passar”, continuou o ex-jogador e treinador.

Ivanisevic também explicou sobre as dificuldades de instruir Djoko durante as partidas, tentando amenizar a percepção externa de que os dois tinham significativos problemas de comunicação dentro de quadra. “Costumo ler que as pessoas consideravam inaceitável a forma como nos comunicávamos quando ele estava em quadra. A verdade é que ele gritava muito perguntando como poderia melhorar, aliviando assim a tensão, e era difícil responder porque mal conseguíamos ouvir uns aos outros”, comentou.

“Foi uma grande honra, uma grande responsabilidade e uma experiência emocionante. Foi um momento muito turbulento devido a tudo o que vivemos. Sou eternamente grato a Novak por me deixar ajudá-lo durante esse período. Foram anos maravilhosos, apesar de todas as merdas que tivemos que viver, como o que aconteceu por causa do coronavírus, as lesões, a desclassificação do Aberto dos Estados Unidos etc”, explicou.

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“Novak, quando todas as câmeras estão desligadas e ele é ele mesmo, é uma boa pessoa, tem um grande coração. Eu estava sempre pronto até para morrer por ele se fosse necessário, ele estava lutando contra o mundo inteiro. Não foi fácil ser seu treinador naquele momento, em todos os lugares que íamos as pessoas olhavam para nós, para ele como um vilão. Claro que também houve quem nos desse o seu apoio, pessoas que se aproximaram de nós e nos disseram para permanecermos fortes. Mas houve muitos que foram bastante rudes e agressivos”, completou.

*Matéria originalmente publicada por Sportbuzz

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