POR EZEQUIEL SPILLMAN

A relação com Javier Milei abre uma fenda no PRO

“O debate interno surgiu desde a derrota de Patricia Bullrich em outubro, se agudizou em dezembro e agora se centra sobre que tipo de relação manter com o atual partido no poder”, explica o articulista

A relação com Javier Milei abre uma fenda no PRO
Patricia Bullrich e Mauricio Macri, membros do PRO – Crédito: Perfil Cedoc

O PRO (Proposta Republicana) sofre uma fragmentação sem precedentes em sua história. As múltiplas figuras que compõem o partido amarelo estão distantes, em alguns casos com diálogo mínimo, em outros estão em campos opostos.

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Neste quadro, o debate que surgiu desde a derrota de Patricia Bullrich em outubro, mais ainda no segundo turno, e que se agudizou em dezembro, está centrado sobre que tipo de relação manter com o partido no poder.

Por isso que, talvez, Mauricio Macri e Bullrich se distanciaram, abrindo uma fenda no PRO. Embora em privado – antes de sair de férias para Villa La Angostura – o ex-presidente diga que apoia “a direção” de Javier Milei, Macri continua a sustentar que o retorno da “piba” ao Ministério da Segurança foi “a título pessoal e não do partido”.

O antigo chefe de Estado pensa em reorganizar o partido, mas entre os seus assessores, observa que a incursão do presidente Javier Milei na política trouxe à tona várias “bandeiras” e desperfilou ostensivamente o PRO da cena pública. O presidente libertário está aplicando muitas das políticas que Macri sonhou para uma segunda presidência – ou mesmo para a primeira – e muitas daquelas que Bullrich, e em menor medida Horacio Rodríguez Larreta, procurariam implantar se tivessem que chegar à presidência da Casa Rosada.

Enquanto a ministra da Segurança é porta-voz do Governo, Larreta coexiste no mesmo partido. Ele se tem diferenciado claramente do partido no poder e não quer ter relação com a obtenção de um acordo orgânico com A Liberdade Avança. Ele só está disposto a apoiar questões específicas.

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Neste quadro, esta “fenda amarela” tem nuances. Há deputados importantes, de nomes reconhecidos, como María Eugenia Vidal ou Diego Santilli que, embora não sejam libertários, têm demonstrado elevado nível de concordância com as propostas do partido no poder ligadas à redução do Estado, às desregulamentações massivas e a uma orientação diametralmente oposto ao do kirchnerismo.

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