Enquanto o Senado da Argentina debate a ‘Lei de Bases’ e o pacote fiscal, diversas agrupações se reuniram na praça em frente ao Congresso da Nação para protestar contra o megaprojeto de Javier Milei. A polícia e a Gendarmeria reprimiram os manifestantes com gás de pimenta, atingindo também jornalistas e deputados da União pela Pátria, enquanto os manifestantes jogavam pedras, bombas molotov e incendiaram o carro de uma rádio.
Após uma mobilização inicialmente pacífica, as forças de segurança avançaram sobre os manifestantes quando a tensão aumentou na rua Hipólito Yrigoyen, na altura da avenida Entre Ríos. As forças nacionais e da cidade trabalharam juntas para tentar desocupar as ruas ao redor do Congresso. Além disso, foi colocado um cercado para impedir a passagem dos manifestantes. Deputados da União pela Pátria responsabilizaram diretamente o presidente Javier Milei e a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, pela violência.
Situação de máxima tensão
De acordo com o canal C5N, a situação foi de “máxima tensão”, com a presença de dezenas de agentes da Gendarmeria e da Polícia Federal. “Não vamos fazer nada, estamos apenas aplaudindo”, disse uma manifestante, enquanto outro declarou que o operativo era “um desastre”.
“Levaram cinco deputados da União pela Pátria (UP) ao hospital Santa Lucía, após sofrerem repressão com gás de pimenta”, informou Cecilia Moreau, legisladora da UP e ex-presidente da Câmara dos Deputados.
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Deputados hospitalizados
Os dirigentes da União pela Pátria, Carlos Castagnetto, Leopoldo Moreau, Luis Basterra, Juan Manuel Pedrini e Eduardo Valdés, foram hospitalizados após os incidentes em frente ao Congresso, durante a discussão da Lei de Bases promovida pelo Governo nacional. Os deputados estavam participando de um ato quando ocorreram os confrontos entre as forças federais, como a Gendarmeria e a Polícia Federal, e os manifestantes nas imediações do edifício legislativo.
Os agentes de segurança formaram um duplo cordão ao redor do Congresso da Nação e lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes na interseção das avenidas Callao e Rivadavia, onde ocorreram os confrontos.
Bombas molotov
Quando a tensão parecia diminuir, os distúrbios recomeçaram com manifestantes jogando bombas molotov e pedras contra os policiais. Os agentes da Polícia Federal e da Gendarmeria responderam com caminhões de água e mais gás de pimenta. Alguns manifestantes conseguiram se aproximar e derrubar algumas das barreiras instaladas.
Os maiores distúrbios ocorreram nessa área específica, enquanto em outras partes ao redor do palácio legislativo, as pessoas se manifestavam pacificamente.
No local, o secretário-adjunto do sindicato dos Caminhoneiros, Pablo Moyano, criticou duramente a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, pela condução do operativo.
“A ministra terrorista que colocava bombas em jardins de infância, como disse Milei, tomou algo forte no café da manhã. É desproporcional a quantidade de gendarmes e policiais”, acrescentou Moyano, que também é triúnviro da Confederação Geral do Trabalho (CGT).
*Leia a matéria completa (em espanhol) em Perfil.com