
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fará nesta terça-feira (20) o discurso de abertura do debate geral da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O Brasil deve US$ 306 milhões à organização, o equivalente a R$ 1,5 bilhão, de acordo com a BBC News Brasil.
Segundo as regras da ONU, caso um país acumule uma dívida equivalente a dois anos ou mais em relação às suas contribuições regulares, ele pode perder o direito de voto. Para que esse cenário não aconteça, o Brasil tem feito alguns pagamentos da dívida. Segundo a assessoria de imprensa da ONU, não há indicação de qualquer mudança no direito de voto do Brasil no momento.
O valor total apontado não inclui eventuais dívidas do país com outros organismos internacionais. O governo brasileiro indica números diferentes sobre a dívida com a ONU e afirma que “não tem poupado esforços” para quitar a pendência. Além disso, afirmou que depende de suplementação orçamentária, que depende do Executivo e do Legislativo.
O Itamaraty, por meio de sua assessoria de impresa, indica que o débito com a ONU é de US$ 296 milhões, cerca de US$ 10 milhões a menos que o valor apresentado pela organização. A pasta ainda afirma que os repasses para pagamento de dívidas são responsabilidade do Ministério da Economia.
De acordo com o levantamento feito pela ONU, US$ 306,7 milhões que o Brasil deve para entidade, US$ 249 milhões correspondem a dívidas do país com as missões de paz da organização acumuladas em outros anos.
Outros US$ 56,4 milhões são referentes ao valor que o Brasil deveria pagar a título de contribuições regulares ao orçamento da ONU. O restante do valor, cerca de US$ 1 milhão, corresponde a dívidas do Brasil com tribunais internacionais.
“Brazilian Shame” | Horas antes de Jair Bolsonaro (PL) chegar à sede da ONU em Nova York para o discurso de abertura da 77ª Assembleia-Geral, era possível ver projeções na lateral do prédio ladeadas por expressões como “vergonha brasileira”. 📲📰Leia em https://t.co/koZcyTKaJv pic.twitter.com/gZ85vOcZtL
— Folha de S.Paulo (@folha) September 20, 2022