O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, no sexto dia de guerra na Ucrânia, discursou sobre um tópico sensível à Rússia: a posição da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no conflito.
Johnson disse nesta terça-feira (1) em Tapa, na Estônia, para onde o Reino Unido enviou tropas. “Se ele acha que vai fazer a Otan recuar, ele está enganado. Ele está encontrando uma Otan fortificada”.
Ele discursou ao lado da primeira-ministra do país, Kaja Kallas, e de Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan. Boris Johnson também falou que não irá entrar em conflito com o Exército da Rússia na Ucrânia e que as medidas tomadas até agora estão acontecendo dentro das fronteira da Otan. “As medidas são nada mais do que medidas defensivas, que têm sido a essência da Otan há mais de 70 anos.”
Stoltenberg , em sua fala, pediu que a Rússia encerre a guerra na Ucrânia e retire todas as suas forças do país, acrescentando que a aliança não vai enviar tropas ou aviões de combate para apoiar Kiev, pois não quer se tornar parte do conflito.
“O ataque russo é totalmente inaceitável. A Otan é uma aliança defensiva, não buscamos conflito com a Rússia. A Rússia deve parar imediatamente a guerra, retirar todas as suas forças da Ucrânia e se envolver de boa fé em esforços diplomáticos”, acrescentou.
A Otan
Na disputa entre a Rússia e a Ucrânia, a Otan tem um papel muito importante. Por mais que a Ucrânia não seja membro da aliança, ela é considerada um “país parceiro” e, em algum momento, pode vir a fazer parte. A Rússia, no entanto, é contra essa entrada.
O governo do presidente russo, Vladimir Putin, quer o afastamento da Otan de países do leste europeu e tem que a presença da organização na Ucrânia sirva de base para o lançamento de mísseis contra a Rússia. “O mundo está do lado da bravura do povo ucraniano”, completou Boris Johnson.
‘Se ele acha que vai fazer a Otan recuar, está muito enganado’, diz Boris Johnson sobre Putin.
— Rafa.areamilitar (@Rafaareamilitar) March 1, 2022
Apesar de a Ucrânia não ser um membro da aliança, ela é um considerada um ‘país parceiro’ — e, em algum momento, pode vir a fazer parte. A Rússia, entretanto, é contra essa entrada. pic.twitter.com/KigoYd1wj3