O isolamento regional de Nicolás Maduro, após uma vitória eleitoral contestável, tem gerado receio entre diplomatas e militares brasileiros. Sem um freio regional, o presidente venezuelano pode retomar as ameaças de anexação de Essequibo, segundo relatos de diplomatas consultados pela CNN.
Durante a campanha eleitoral, uma das promessas de Maduro era aumentar o território venezuelano com uma invasão no território da Guiana. O Brasil e a Colômbia, na época, atuaram para evitar a escalada de um conflito. Agora, sem anteparos diplomáticos na região, o temor é de que Maduro leve adiante esse plano eleitoral.
Qual é o papel do Brasil nessa questão?
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse à CNN que as tropas brasileiras seguem na fronteira para prevenir qualquer tentativa de invasão ou conflitos. Essa medida é vista como uma forma de monitorar e conter possíveis ações agressivas de Maduro na região.
A situação deve ser um dos temas tratados entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente mexicano, López Obrador. Lula está no México para participar da posse da nova presidente do país, Claudia Sheinbaum, que já afirmou não ter intenção de se envolver na questão, que considera um assunto interno da Venezuela.
Como outros países da região estão reagindo?
Lula, no entanto, avalia que o ímpeto expansionista de Maduro exige um esforço diplomático conjunto de países como Brasil, Colômbia e México. A cooperação entre esses países é vista como crucial para manter a estabilidade na região e evitar ações unilaterais que possam desencadear conflitos.
Além disso, a Venezuela rompeu relações diplomáticas com Argentina e Uruguai. E Maduro tem feito críticas públicas ao Brasil por não ter reconhecido sua eventual vitória. Esse contexto diplomático cria um cenário de tensão e necessidade de negociação cuidadosa.
Futuro próximo
A comunidade internacional permanece atenta. As estratégias envolvem desde o fortalecimento de alianças regionais até ações diplomáticas que visem frear qualquer iniciativa expansionista.
Enquanto isso, a situação na fronteira será monitorada de perto. A presença militar brasileira é um indicativo de que o país está preparado para responder a qualquer ameaça, ao mesmo tempo em que busca soluções diplomáticas para evitar um confronto direto.
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