CÚPULA DE KAZAN

Brics: Brasil quer definir critério para decidir quem poderá entrar como país ‘parceiro’

Brics: Brasil quer definir critério para decidir quem poderá entrar como país 'parceiro'
Foto da Cúpula de 2023, em Joanesburgo, África dp Sul – Crédito: Ricardo Stuckert/Presidência da República via BBC

Os debates no Brics a respeito da criação de uma nova categoria do bloco — a de país “parceiro” —, diplomatas nacionais afirmam que, para o Brasil, definir critérios a serem exigidos é “mais importante” que a escolha em si dos países.

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Os líderes do Brics se reunirão em Kazan, Rússia, a partir desta terça-feira (22), para discutir a potencial expansão do bloco. Este encontro ocorre em um momento de significativas mudanças geopolíticas.

Não será uma reunião presencial completa para todos, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará virtualmente devido ao acidente doméstico que sofreu no sábado (19). O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chefiará a delegação brasileira presencialmente.

País parceiro

Cerca de 30 países manifestaram interesse em participar nessa condição, tais como Venezuela, Cuba, Nicarágua, Nigéria, Argélia, Turquia, Marrocos, entre outros.

Este movimento sugere uma estratégia de ampliação que considera parcerias mais flexíveis em vez da concessão imediata de membros efetivos, permitindo ao bloco reforçar sua influência internacional.

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A criação da nova categoria de parceiros baseia-se em critérios ainda em discussão. A abordagem principal defendida pelo Brasil é definir esses critérios antes de considerar candidaturas específicas. Entre estes, destacam-se o estabelecimento de relações amigáveis com todos os membros do Brics e o respeito às sanções do Conselho de Segurança da ONU.

Posição do Brasil

Segundo o g1, ao conceder entrevista coletiva, na semana passada, acerca da participação do Brasil na cúpula em Kazan, o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia, explicou que a discussão sobre os critérios a serem adotados está em “estágio avançado”.

“O Brasil tem adotado a posição — e isso ocorreu em Joanesburgo — de não indicar países porque entendemos que o importante é você discutir os critérios. Depois que você discute os critérios, você vê quais países se encaixam nesses critérios. E os critérios não vão fugir daquilo que já existe para membros plenos”, disse Saboia.

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