86 DIAS EM GREVE DE FOME

Caso Khader Adnan: Palestinos protestam após morte de prisioneiro detido em Israel

Khader Adnan era autoridade do movimento palestino Jihad Islâmica. Ele morreu nesta terça-feira (2) aos 45 anos em uma prisão israelense.

Khader-Adnan
(Crédito: Reprodução/Twitter)

Khader Adnan, autoridade do movimento palestino Jihad Islâmica, foi encontrado morto em sua cela. Ele estava em greve de fome há mais de 80 dias. O episódio foi o estopim de mais acirramento de tensões entre palestinos da Faixa de Gaza e o exército israelense.

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O primeiro-ministro palestino, Mohamed Shtayeh, acusou  Israel de “assassinar deliberadamente” Adnan.

“A ocupação israelita e a sua administração prisional cometeram um assassínio deliberado contra o prisioneiro Khader Adnan, rejeitando o seu pedido de libertação, negligenciando-o do ponto de vista médico e mantendo-o na sua cela apesar da gravidade do seu estado de saúde”, afirmou.

Khader Adnan era, para os palestinos, um símbolo: já havia sido preso inúmeras vezes pelas autoridades israelenses e já havia feito quatro greves de fome. De acordo com a rede Al Jazeera, apesar do estado de saúde bastante debilitado, ele não foi transferido para um hospital.  Segundo sua mulher, Randa Musa, o marido teria “recusado qualquer tipo de assistência ou exame médico”.

Ele foi preso sob a acusação de “pertencer a um grupo terrorista” e foi indiciado por seu envolvimento na Jihad Islâmica e por discursos que, segundo as autoridades israelenses, estimulavam a violência.

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Poucas horas após o anúncio da morte de Khader Adnan, três foguetes foram disparados de Gaza contra Israel.

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