
Khader Adnan, autoridade do movimento palestino Jihad Islâmica, foi encontrado morto em sua cela. Ele estava em greve de fome há mais de 80 dias. O episódio foi o estopim de mais acirramento de tensões entre palestinos da Faixa de Gaza e o exército israelense.
O primeiro-ministro palestino, Mohamed Shtayeh, acusou Israel de “assassinar deliberadamente” Adnan.
“A ocupação israelita e a sua administração prisional cometeram um assassínio deliberado contra o prisioneiro Khader Adnan, rejeitando o seu pedido de libertação, negligenciando-o do ponto de vista médico e mantendo-o na sua cela apesar da gravidade do seu estado de saúde”, afirmou.
Khader Adnan era, para os palestinos, um símbolo: já havia sido preso inúmeras vezes pelas autoridades israelenses e já havia feito quatro greves de fome. De acordo com a rede Al Jazeera, apesar do estado de saúde bastante debilitado, ele não foi transferido para um hospital. Segundo sua mulher, Randa Musa, o marido teria “recusado qualquer tipo de assistência ou exame médico”.
Prominent Palestinian activist Khader Adnan has died in an Israeli prison after nearly three months on hunger strike in protest over his detention without charge ⤵️ pic.twitter.com/Ujdg9PKY1e
— Al Jazeera English (@AJEnglish) May 2, 2023
Ele foi preso sob a acusação de “pertencer a um grupo terrorista” e foi indiciado por seu envolvimento na Jihad Islâmica e por discursos que, segundo as autoridades israelenses, estimulavam a violência.
Poucas horas após o anúncio da morte de Khader Adnan, três foguetes foram disparados de Gaza contra Israel.