progressivo

Como funcionam as novas regras sobre o consumo de maconha na Alemanha?

A partir de 1º de abril, cidadãos poderão ter consigo 25g da substância e consumi-las em lugares públicos e armazenar 50g em suas residências

O parlamento alemão aprovou uma nova lei que legaliza a compra e posse de maconha em grandes quantidades. A partir de 1º de abril, cidadãos poderão ter consigo 25g da substância e consumi-las em lugares públicos e armazenar 50g em suas residências.
Projeto foi aprovado por 407 votos a 226 – Créditos: Getty Images

O parlamento alemão aprovou uma nova lei que legaliza a compra e posse de maconha em grandes quantidades. A partir de 1º de abril, cidadãos poderão ter consigo 25g da substância e consumi-las em lugares públicos e armazenar 50g em suas residências. Famílias também serão permitidas a cultivar até três plantas de maconha. Certos locais, como arredores de escolas e centros esportivos estão fora do escopo da legalização.

Publicidade

O país vem discutindo soluções para o crescente consumo da substância, principalmente entre os mais jovens. A coalizão que atualmente governa a Alemanha acredita que as políticas de proibição falharam. Dessa maneira, para combater o mercado ilegal e proteger os usuários de produtos contaminados, 407 parlamentares votaram a favor do novo projeto, ante 226 votos contrários.

Grupos médicos rechaçaram a medida, lembrando os danos que a maconha pode causar. “A cannabis causa dependência. Cerca de 10% dos usuários constantes são viciados”, afirma Klaus Reinhardt, diretor da BAK, organização de saúde alemã, a uma emissora pública. O profissional também alerta que o consumo regular até os 25 anos afeta o desenvolvimento cognitivo. “Acredito que quando a proibição acabar, pessoas ficarão tentadas a experimentar”.

Entretanto, o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, rebate as alegações de dificuldade de monitoramento da lei. “Teremos um certo esforço para o controle, dentro de limites razoáveis, e acredito que isto rapidamente se estabelecerá”, disse à Phoenix TV.

Uma peculiaridade da lei é que lojas de venda de maconha não serão permitidas. Ao invés disso, a lei permite a abertura de clubes sociais de cultivo e distribuição coletivos do produto. As entidades poderão registrar até 500 membros. A medida favorece consumidores regulares e dificulta a compra para pessoas mais casuais. O consumo por turistas continua proibido.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.