Pelo menos dois civis morreram no protesto que os seguidores do ex-presidente Evo Morales iniciaram na segunda-feira contra os juízes que desqualificaram a sua candidatura presidencial.
As vítimas ficaram presas nas barreiras dos produtores de coca e de outras organizações camponesas.
Também 11 policiais ficaram feridos e atacados com pedras e explosivos numa emboscada. “A federação de agricultores de Potosí, composta por aproximadamente 200 pessoas, emboscou nossos policiais”, afirmou o coronel Juan Amílcar Sotopeña, comandante da polícia regional. Houve 22 pontos de bloqueio nas rotas que passam por Cochabamba, Oruro, Potosí, La Paz e Santa Cruz, em comparação com os 16 de quarta-feira.
El Gobierno no quiere una justicia para el pueblo, quiere una justicia sumisa y sometida al Poder Ejecutivo para no respetar la Constitución Política del Estado, las normas y la aprobación de los convenios internacionales por la Asamblea Legislativa, como en el caso del litio. Ya…
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) January 25, 2024
Em dezembro de 2023, o Tribunal Constitucional impediu Morales de apresentar novamente a sua candidatura para 2025, com o argumento de que já cumpriu os dois mandatos permitidos pelo regulamento.
O líder máximo dos cocaleiros presidiu o país entre 2006 e 2019, quando uma revolta social que denunciava supostas fraudes eleitorais para obter um quarto mandato o forçou a renunciar.