ex-presidente argentino

“É de extrema gravidade institucional”, diz Fernández sobre decreto de Milei

Alberto Fernández usou as redes sociais para criticar o novo decreto do atual presidente Javier Milei e que viabiliza a desregulação econômica do país

"É de extrema gravidade institucional", diz Fernández sobre decreto de Milei
Milei reune ministros para pronunciamento à nação – Crédito: Perfil.com

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández usou as redes sociais na madrugada desta quinta-feira (21) para criticar o novo decreto do atual presidente Javier Milei, anunciado na quarta (20), e que viabiliza a desregulação econômica do país.

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Segundo o Fernández, o decreto terá graves efeitos econômicos e sociais na Argentina, como a possível precarização dos sistemas de saúde, de trabalho e de direitos dos cidadãos. Nosso país assiste a um evento de extrema gravidade institucional nunca antes visto. O Poder Executivo, num ato de claro abuso de poder, avançou sobre as atribuições exclusivas do Poder Legislativo.”

Segundo o G1, o novo decreto de Milei modifica ou revoga mais de 350 normas na lei argentina e já está valendo a partir desta quinta-feira, assim que for publicado no Diário Oficial.

É evidente que o Presidente Javier Milei golpeou o sistema republicano de governo e adotou medidas em detrimento da indústria nacional, dos bens e recursos do Estado e dos direitos dos trabalhadores”, comenta o ex-presidente.

O ex-presidente ainda acrescenta “que a República argentina está em risco” e que Milei “tem responsabilidade por violar grosseiramente as regras do Estado de Direito.”

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Para advogados constitucionalistas ouvidos pelo jornal argentino La Naciono decreto não atende aos requisitos da Constituição Nacional argentina e Milei teria ultrapassado seus poderes, avançando sobre as competências do Congresso.

Decreto anunciado

Entre outros pontos, o decreto desregulamenta o serviço de internet via satélite e a medicina privada, flexibiliza o mercado de trabalho e revoga uma série de leis nacionais. As medidas incluem também a conversão de diversas empresas estatais em sociedades anônimas, facilitando o processo de privatização dessas instituições.

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