CRISE ECONÔMICA

Em Cuba, moradores protestam contra apagões frequentes e falta de comida

As manifestações aconteceram na cidade de Santiago de Cuba, a segunda maior da ilha caribenha, com cerca de 430 mil habitantes

Em Cuba, moradores protestam contra apagões frequentes e falta de comida
Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba – Crédito: Reprodução/X

Centenas de pessoas na segunda maior cidade de Cuba, Santiago, participaram de um raro protesto público no domingo (17), de acordo com relatos oficiais e na mídia social, o que levou o presidente cubano Miguel Díaz-Canel a pedir diálogo em uma “atmosfera de tranquilidade e paz”.

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A cidade de Santiago de Cuba fica no extremo leste da ilha e tem 431 mil habitantes (dados de 2012, último censo oficial realizado).

Os manifestantes em Santiago saíram às ruas com gritos de “energia e comida”, de acordo com vídeos postados nas mídias sociais, com apagões em alguns lugares se estendendo por 18 horas ou mais por dia, colocando em risco os alimentos congelados e aumentando as tensões na ilha.

Cuba entrou em uma crise econômica quase sem precedentes desde a pandemia da Covid-19, com uma grande escassez de alimentos, combustível e medicamentos, o que provocou um êxodo recorde de mais de 400 mil pessoas que migraram para os Estados Unidos.

O presidente Díaz-Canel, confirmou o protesto em Santiago na plataforma de mídia social X, logo após o término da manifestação.

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“Várias pessoas expressaram sua insatisfação com a situação do serviço elétrico e da distribuição de alimentos”, disse Díaz-Canel.

“A disposição das autoridades do Partido, do Estado e do Governo é atender às reclamações do nosso povo, ouvir, dialogar, explicar os diversos esforços que estão sendo realizados para melhorar a situação, sempre em uma atmosfera de tranquilidade e paz”, escreveu.

O presidente também afirmou que “terroristas” dos Estados Unidos estavam tentando fomentar novas revoltas. “Esse contexto será aproveitado pelos inimigos da Revolução para fins de desestabilização”, disse Díaz-Canel no X.

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A polícia chegou a Santiago para “controlar a situação” e “evitar a violência”, de acordo com um relato publicado na mídia social pela estatal CubaDebate.

 

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