O Brasil quer o apoio inequívoco da China para sua candidatura a membro permanente do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU); esta é uma das condições para a expansão do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o chamado banco dos Brics.
As discussões estão acontecendo nesta terça-feira (22), primeiro dia da 15ª Cúpula dos Brics, que acontece em Joanesburgo, na África do Sul. A China e a Rússia estão pressionando os demais integrantes do bloco (Brasil, Índia e África do Sul) a acelerar o processo de adesão de outros países candidatos para fortalecer o bloco.
Por outro lado, os negociadores brasileiros argumentam que é uma contradição de Pequim defender a ampliação do grupo de grandes países emergentes em nome de mudanças na governança global e, ao mesmo tempo, não apoiar a reforma do CS, que é o mais importante órgão de governança global; o país asiático tem um assento permanente, desde a criação da ONU, em 1945, junto com EUA, França, Reino Unido e Rússia.
Os chineses, no entanto, estão reticentes a qualquer apoio ao Brasil porque sul-africanos e indianos têm a mesma demanda. A Índia é o maior “problema”: Pequim dificilmente apoiaria a entrada do país no conselho, pois ambas as nações são grandes rivais regionais, inclusive com várias disputas na zona de fronteira.
A questão da expansão do bloco dos Brics é o principal tema em discussão na cúpula. Os principais países candidatos à entrada no grupo são: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Argentina, Indonésia e Egito. O Irã também exerce pressão para estar entre os primeiros novos integrantes, no caso de os convites serem feitos a partir desta cúpula.
This visit takes place in the year that we celebrate 25 years of diplomatic relations between the People’s Republic of China and South Africa.
Our relations over the last quarter of a century are founded on South Africa’s commitment to the One China Policy.#ChinaInSA…
— Cyril Ramaphosa 🇿🇦 (@CyrilRamaphosa) August 22, 2023