Derek Meyers, ex-auxiliar do deputado norte-americano, filho de brasileiros, George Santos, enviou uma carta ao Comitê de Ética da Câmara e à Polícia do Capitólio acusando o ex-chefe de assédio sexual. A denúncia também foi publicada no Twitter.
De acordo com a carta divulgada, Myers trabalhou brevemente no escritório de Santos antes de sua proposta de trabalho ser rescindida.
O ex-auxiliar relata que, no dia 25 de janeiro, estava com o deputado no escritório quando o congressista perguntou se ele tinha um perfil no Grindr (aplicativo de namoro para homens homossexuais, bissexuais, pessoas trans e pertencentes da comunidade queer). Na sequência da publicação, Myers diz que o deputado o convidou para um karaokê e tocou sua virilha. Santos também teria dito que o marido estava fora da cidade.
“Enquanto estava em seu escritório pessoal revisando a correspondência, ele me chamou de ‘amigo’ e insistiu que eu sentasse ao lado dele em um pequeno sofá“, afirmou Meyers na carta.
“Continuei com a discussão sobre a correspondência, mas o congressista me interrompeu colocando a mão na minha perna esquerda, perto do meu joelho, e disse: ‘Ei amigo, vamos ao karaokê hoje à noite?“, conta.
No Twitter, ele disse que estava tornando a história pública por questão de transparência. “São ofensas graves e as evidências e os fatos falarão por si se o comitê abordar o assunto“, escreveu.
Uma porta-voz da deputada Susan Wild, membro do Comitê de Ética da Câmara dos deputados dos EUA, confirmou que Derek enviou o conteúdo para seu escritório.
INVESTIGAÇÕES
George Santos está sendo investigado por suas finanças pessoais, gastos de campanha e mentiras envolvendo seu currículo e histórico familiar.
O deputado, que já reconheceu ter “enfeitado” seu currículo, é acusado de enviar e-mails a apoiadores oferecendo visitas ao Congresso em troca de “doações” de até US$ 500.
No Brasil, o Ministério Público do Rio de Janeiro reabriu um processo por estelionato que estava suspenso desde que o deputado desapareceu por quase uma década. Quando tinha 19 anos, em 2008, o político teria usado cheques roubados para compras em uma loja de roupas de Niterói. Um talão de cheques roubado teria sido usado para pagar a conta de R$ 2.144 usando uma identidade falsa.
Siga a gente no Google NotíciasThese matters will not be litigated on social media or through news media. They are serious offenses and the evidence and facts will speak for themselves if the committee takes up the matter. This tweet is being made public in light of transparency. pic.twitter.com/oSs4F3xyqc
— Derek Myers (@DerekMyers) February 3, 2023