CAOS

“Golpes contra Israel ficarão mais fortes e dolorosos”, diz líder supremo do Irã

Esse ataque iraniano surge como resposta a uma operação terrestre limitada israelense na fronteira norte com o Líbano

golpes-contra-israel-ira
Ali Khamenei, líder supremo do Irã – Créditos: Getty Images

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou que o recente ataque com mísseis contra Israel, realizado nesta terça-feira, 1, foi uma ação em defesa dos interesses iranianos e de seus cidadãos. Em uma postagem em redes sociais, Pezeshkian afirmou que esta operação era “apenas uma parte do nosso poder”. Além disso, ele abordou diretamente o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, enfatizando que o Irã não busca conflitos, mas está preparado para resistir a qualquer ameaça.

Publicidade

Complementando a mensagem de Pezeshkian, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, também utilizou suas redes para transmitir um alerta em hebraico. Ele afirmou que os “golpes” contra Israel ficarão “mais fortes e mais dolorosos” com o apoio de Deus. Esse ataque iraniano surge como resposta a uma operação terrestre limitada realizada por Israel na fronteira norte com o Líbano, direcionada contra o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.

O conflito entre Irã e Israel

Os recentes acontecimentos entre Irã e Israel agravam uma já volátil situação na região do Oriente Médio. A agressão iraniana veio logo após Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano, visando alvos do Hezbollah, um grupo paramilitar libanês com forte apoio do governo iraniano.

Desde o dia 23 de setembro, Israel intensificou seus ataques aéreos em várias regiões do Líbano. Esse dia foi particularmente mortal, registrando mais de 500 vítimas fatais, o maior número desde a guerra de 2006. Tais ações visam desmantelar a infraestrutura militar do Hezbollah.

A atual escalada de tensão ganhou novos contornos após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo israelense em Beirute. A morte de Nasrallah, um dos principais aliados do Hamas, desencadeou uma série de retaliações, levando ao aumento dos ataques entre Hezbollah e Israel.

Publicidade

A aliança entre Hezbollah e Hamas se mostrou particularmente letal quando o Hamas invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023. Essa incursão resultou em centenas de mortos e reféns, elevando o nível de insegurança na região.

Vale ressaltar que o conflito não afeta apenas os grupos paramilitares e os exércitos em questão, mas também a população civil. Milhares de residentes do norte de Israel, que fazem fronteira com o Líbano, foram deslocados devido aos bombardeios. No lado libanês, a capital Beirute e outras cidades do sul também foram duramente atingidas, forçando muitos a buscarem refúgio em abrigos. A situação é especialmente grave devido à recente destruição e ao alto número de vítimas.

Hunderte ballistische Raketen aus dem Iran auf Israel.

Publicidade

[image or embed]

— Jenny Havemann (@jenny.ha.vemann.de) October 1, 2024 at 2:20 PM

Resposta internacional e o futuro do conflito

Dois adolescentes brasileiros perderam a vida nos ataques, o que levou o Itamaraty a condenar veementemente a situação e pedir o fim das hostilidades. Diante da escalada de violência, o governo brasileiro anunciou a realização de uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Publicidade

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já prometeu diversas vezes garantir o retorno seguro dos cidadãos deslocados para suas casas. Em 17 de setembro de 2023, Israel oficializou o retorno desses moradores como um objetivo de guerra.

A situação no Oriente Médio continua tensa e imprevisível. A troca de ataques entre Israel e Hezbollah, com o apoio explícito do Irã ao grupo libanês, deve perdurar por algum tempo, a menos que intervenções diplomáticas mais eficazes sejam realizadas.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.