Nesta terça-feira, 1, o Irã lançou um ataque com mísseis que deixou ao menos uma pessoa morta e várias feridas, informou as Forças de Defesa de Israel (FDI). Entre as vítimas está um palestino que foi atingido em Jericó. De acordo com o porta-voz internacional das FDI, Nadav Shoshani, o homem faleceu devido a ferimentos causados por estilhaços de um míssil interceptador lançado por Israel.
O hospital em Jericó, que fica na Cisjordânia ocupada, confirmou que o óbito do palestino foi causado pelos estilhaços do míssil interceptador. De acordo com Shoshani, o ataque com cerca de 200 mísseis por parte do Irã foi uma tentativa clara de “ferir e matar civis”, o que pode desencadear uma escalada maior na região.
Diante da pergunta se Israel retaliaria o ataque, Shoshani afirmou que Israel decidirá “o momento, o lugar e a maneira” de reagir a essa agressão. Além do falecimento de um palestino, duas pessoas ficaram levemente feridas por estilhaços em Tel Aviv, de acordo com os serviços de emergência Magen David Adom de Israel.
O recente ataque com mísseis do Irã contra Israel ocorre em um contexto de guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, um grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano. O Exército de Israel havia iniciado uma “operação terrestre limitada” no Líbano um dia antes, intensificando os ataques aéreos na região.
Misseis iranianos rasgando Israel.
— Palestina Reports 🇵🇸 🇧🇷 🇱🇧 (@palestinareports.bsky.social) October 1, 2024 at 2:15 PM
Os alvos do exército israelense
Os principais alvos dos ataques israelenses têm sido integrantes e a infraestrutura bélica do Hezbollah. O grupo é uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e conta com o apoio do Irã. Os bombardeios atingiram diversas regiões do Líbano, incluindo a capital Beirute, forçando milhares de pessoas a buscarem refúgio e deixarem suas cidades.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, fato confirmado pelo próprio grupo. A morte de Nasrallah fez com que o Hezbollah e Israel intensificassem a troca de ataques, especialmente após o início da guerra na Faixa de Gaza. A aliança do grupo libanês com o Hamas, que invadiu Israel em 7 de outubro de 2023, agravou ainda mais a situação.
Com o aumento das hostilidades, milhares de moradores dos setores norte de Israel, região que faz fronteira com o Líbano, tiveram que ser realocados. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu tem reiterado seu compromisso de garantir que esses cidadãos possam retornar às suas casas em segurança.