Na Argentina, o governo de Javier Milei anunciou neste sábado (20) uma medida polêmica: o cancelamento de benefícios sociais de mais de 27 mil pessoas sob a justificativa de irregularidades em programas relacionados a emprego e renda.
O anúncio foi feito pelo Ministério do Capital Humano, comandado por Sandra Pettovello. Segundo a pasta, foram detectados 27.208 planos do “Potenciar Trabajo” e 12 planos do “Potenciar Empleo” com “irregularidades”.
Com isso, o pagamento de 2 bilhões de pesos argentinos (algo em tono de R$ 12 milhões) foi suspenso.
Outras medidas
Na sexta-feira (19) o governo do presidente Javier Milei enviou a deputados uma proposta para mudar a chamada “lei omnibus”, um documento com 664 artigos que trata de diversos temas, entre eles, a privatização de empresas. Um dos itens mais controversos dá superpoderes ao libertário até o fim do mandato, em dezembro de 2027.
A crise na Argentina, contudo, ganha novos contornos com a greve geral anunciada para a próxima quarta-feira (24). Com o anúncio da paralisação, diversos voos estão sendo cancelados. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina anunciou a greve em dezembro do ano passado.
Governo Milei
Javier Milei assumiu o governo da Argentina em dezembro de 2023 com propostas ambiciosas na economia. Nos primeiros discursos já havia se posicionado de forma contrária aos benefícios sociais concedidos no país.
Uma das primeiras medidas de Milei foi o Decreto de Necessidade de Urgência (DNU), que tem como objetivo a desregulação econômica da Argentina. A medida é alvo de série de protestos desde que foi anunciada e Milei sofreu derrotas em âmbito judicial.
Argentina: protestos seguem diariamente agitando o país contra as medidas ilegais do Milei. Agora a cultura organiza assembléias nacionalmente e diante do congresso com o objetivo de mobilizar para a greve geral do dia 24/01.
Por @BrunoFalci26 correspondente em Buenos Aires pic.twitter.com/o6GSDcDIZj— O Cafezinho ☕️🗞 (@ocafezinho) January 20, 2024