As duas pessoas foram libertadas pelo grupo Hamas que eram mantidas como reféns, na Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (23). O braço armado ainda tem aproximadamente 200 reféns em poder do grupo.
Nurit Yitzhak e Yochved Lifshitz são duas idosas israelenses de 79 e 85 anos, respectivamente.
🔴 O Hamas divulga imagens da libertação das duas idosas israelenses que estavam sendo mantidas como reféns em Gaza.pic.twitter.com/zC8NwrT2y4
— Mundo News (@Mundo__News) October 23, 2023
O porta-voz do braço militar do Hamas, Abu Obeida, afirmou que as duas pessoas foram libertadas “por razões humanitárias urgentes”, graças à mediação do Catar e do Egito. Segundo ele, o grupo tentou libertá-las na última sexta-feira (20), mas governo de Israel se negou a recebê-las.
“Nós, das Brigadas Al-Qassam, através da mediação egípcio-catariana, libertamos os dois detidos (…) sabendo que o inimigo se recusou desde a última sexta-feira a aceitar o seu recebimento, e ainda negligencia o ficheiro dos seus prisioneiros. Decidimos libertá-los por questões humanitárias, apesar dos crimes de ocupação”, afirmou Abu Obeida.
O governo de Israel confirmou a libertação das reféns e afirmou que elas foram encaminhadas para receber cuidados médicos.
Cautela
De acordo com agências internacionais, as autoridades dos Estados Unidos pediram para Israel ter cautela em relação à invasão da Faixa de Gaza, que o país planeja realizar de forma iminente.
O intuito é ganhar tempo para negociações para libertar outros reféns, especialmente depois da libertação das norte-mericanas Judith e Natalie Raanan na semana passada.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ponderou a possibilidade de um cessar-fogo. “Deveríamos libertar esses reféns e então poderemos conversar”.
Sequestro
Mais de 200 pessoas foram sequestradas por terroristas durante o ataque perpetrado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, quando homens armados mataram 1.402 pessoas em solo israelense.
Segundo as Forças Armadas de Israel, a maioria dos reféns é israelense, mas há também cidadãos dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Ucrânia, da Itália e do Brasil entre os reféns.
O Itamaraty diz não ter recebido comunicação sobre brasileiros entre os sequestrados.