O porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço militar do Hamas, disse que o grupo extremista libertou duas reféns estadunidenses na tarde desta sexta-feira (20) “por razões humanitárias“. “Em resposta aos esforços do Catar, as Brigadas Al-Qassam libertaram duas cidadãs americanas (uma mãe e a sua filha)”, afirmou Abu Obaida em um comunicado.
O porta-voz acrescentou que a medida visava “provar ao povo americano e ao mundo que as afirmações feitas por Biden e sua administração fascista são falsas e infundadas”. As duas reféns libertadas na Faixa de Gaza, Judith e Natalie Raanan, estão sob os cuidados da Cruz Vermelha dentro do Comitê Internacional estabelecido na região. O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou a informação.
Israel contabilizou que 203 pessoas foram levadas de Israel para Gaza pelo Hamas após o ataque cometido pelo grupo extremista no dia 7 de outubro. De acordo com a emissora Al Jazeera, a Human Rights Watch (HRW) e outros grupos de direitos humanos afirmaram que manter pessoas em cativeiro equivale a um crime de guerra.
“Civis, incluindo crianças, pessoas com deficiência e idosos nunca devem ser tratados como moeda de troca”, disse Lama Fakih, diretor do Médio Oriente e Norte de África da HRW, por meio de comunicado publicado nesta semana. “Os governos que têm influência sobre o Hamas, incluindo o Catar, o Egito e a Turquia, deveriam usar a sua influência para pressionar para que os reféns sejam libertos o mais rapidamente possível, e tratados humanamente até então”, finalizou.