Kim Yo-Jong, irmã do líder ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, declarou, neste domingo (7), que qualquer “provocação” feita ao país será retaliada com um “batismo de fogo”. “Deixe-me ser clara mais uma vez de que nosso exército já tem seu gatilho destravado”, diz o comunicado.
A declaração veio após o lançamento de mais de 200 tiros de artilharia do exército norte-coreano na última sexta-feira (5) em uma zona fronteiriça com as nações, que deixou as forças e moradores do sul em estado de alerta para uma possível escalada na tensão entre os países. A nota de Kim nega os disparos e afirma que os militares detonaram explosivos por engano.
Habitantes das ilhas sul-coreanas Baengnyeong e Yeonpyeong entraram em exercício militar e tiveram que procurar abrigos antiaéreo.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul avaliou o incidente como um “ato provocativo que ameaça a paz e aumenta a tensão na Península Coreana”. O exército do país respondeu com seu próprio exercício de tiros, na tarde daquele mesmo dia.
#SouthKorea‘s military fired 400 shells into waters south of the Northern Limit Line in response to 200 shells fired by #NorthKorea earlier.
To be clear, there is no fighting, just artillery drills firing into the water.pic.twitter.com/joNKq6JHhz
— Indo-Pacific News – Geo-Politics & Defense News (@IndoPac_Info) January 6, 2024
Guerra
A tensão entre as Coreias aumentou recentemente. No último dia de 2023, após cinco dias de reunião do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o líder Kim Jong-Un fez um discurso, no qual afirmou que “uma guerra pode explodir a qualquer momento na península devido aos movimentos temerários dos inimigos para nos invadir”, também ameaçando o uso de armas nucleares em um eventual confronto.
Kim Jong-Un definiu que os Estados Unidos representam “vários tipos de ameaça militar”, e que seu exército deve sempre responder “com uma atitude arrasadora”.
O país norte-americano, assim como o Japão, intensificou a ajuda à Coreia do Sul após as diversas ameaças nucleares do norte. No início de dezembro, um submarino americano de propulsão nuclear atracou no porto sul-coreano de Busan.