TENSÃO NO IRAQUE

Líder xiita recua no Iraque e apoiadores invadem palácio do governo

10 pessoas morreram durante invasão do palácio do governo após o primeiro-ministro renunciar.

Sadr já havia convocado revoltas semelhantes em 2008 contra a presença dos EUA no país. (Créditos: Wathiq Khuzaie/Getty Images)

Depois de dez meses de disputa de poder que deixaram o Iraque no seu maior período sem um líder desde a independência, o clérigo xiita Moqtada al-Sadr abandonou definitivamente a política para por um fim ao impasse.

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A crise que ganhou um novo capítulo nessa segunda-feira (29) é um resultado tardio da queda de Saddam Hussein e da formação do novo parlamento iraquiano em 2003. Isso se deve porque Sadr, uma das figuras mais populares do Iraque, não reconhece a legitimidade dos parlamentares que assumiram durante a intervenção internacional no país.

O líder xiita venceu as eleições para primeiro-ministro do Iraque em outubro do ano passado, mas não conseguiu um apoio no parlamento. Desde então, ele retirou seus apoiadores do governo e vem exigindo o fechamento do parlamento iraquiano.

Seus milhares de apoiadores também têm sido convocados para causar tumultos e interferir. No último dia 30, Moqtada al-Sadr convocou a população a invadir o parlamento iraquiano, num episódio onde 135 pessoas ficaram feridas. Agora com sua abdicação da vida política, seus apoiadores invadiram o Palácio Republicano, sede do governo, estima-se que 10 pessoas foram mortas nesse processo. O exército do país pediu toque de recolher para restaurar a ordem.

Essa não é a primeira vez que Sadr convoca apoiadores para realizar esse tipo de tumulto. Em 2009 os iraquianos forma às ruas em apoio ao clérigo pedir o fim da intervenção norte-americana no país.

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Antes de deixar a rede social, Sadr anunciou sua renúncia no Twitter.

 

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