O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, desembarcou na Etiópia nesta quinta-feira (15), para completar sua agenda diplomática na África. O mandatário reuniu-se, mais cedo, com o presidente do Egito, Abdul Fatah Al-Sisi, em Cairo.
O presidente visitará a sede da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia, onde será sediada, no próximo sábado, a 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana. Lula também deve reunir-se com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, e com o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.
Finalmente, um encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, está marcado para discutir um eventual endosso financeiro à Agência da Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNWRA), após bloqueio de contas do órgão por suposto envolvimento com o Hamas.
Lula e Israel
Luiz Inácio Lula da Silva começou seu discursou em Cairo, ao lado do presidente egípcio, condenando o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro. “O Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e o sequestro de centenas de pessoas. Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista”, disse.
Logo após, teceu duras críticas a Israel no combate contra os terroristas. Em sua fala, o presidente afirmou que a conduta do país não tem “nenhuma explicação”. Para ele, o exército israelense utiliza o pretexto de guerra para “matar mulheres e crianças”.
Posteriormente, Lula criticou a falta de força da ONU para parar guerras. “O Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e Faixa de Gaza. A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas que me parece que Israel tem a primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas”, declarou.
Nesse sentido, o presidente de República afirmou esforços “para que a gente consiga fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global”. Assista ao discurso completo: