Discrepância nas taxas de elevação

Monte Everest continua crescendo

Os Himalaias, formados pela colisão tectônica entre a Índia e a Ásia, são conhecidos por sua elevação constante

Monte Everest continua crescendo
Monte Everest – Crédito: Getty Images

Uma nova pesquisa científica revela um fato surpreendente sobre o Monte Everest: a montanha mais alta do mundo continua crescendo. O estudo, publicado na revista Nature Geoscience, indica que a erosão fluvial tem sido o principal motor por trás desse aumento gradual na altura do pico.

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Os Himalaias, formados pela colisão tectônica entre a Índia e a Ásia, são conhecidos por sua elevação constante. No entanto, os pesquisadores descobriram que a erosão dos rios vizinhos, como o Arun, tem desempenhado um papel crucial nesse processo. Ao longo dos últimos 89.000 anos, o Everest teria crescido entre 15 e 50 metros devido à erosão das rochas e ao transporte de sedimentos pelo rio.

De acordo com o site Aventuras na História, formação dos Himalaias é um processo contínuo e dinâmico, resultado da colisão tectônica entre as placas da Índia e da Ásia. Essa colisão não é apenas um evento histórico, mas um processo ativo que ainda contribui para a elevação da cadeia montanhosa. Contudo, estudos recentes mostram que a erosão fluvial, particularmente pelos rios como o Arun, tem um impacto significativo na elevação do Monte Everest.

Como a erosão contribui para o crescimento do Everest?

Os pesquisadores identificaram que a erosão das rochas pelos rios vizinhos não só desgasta a base da montanha, mas também transporta sedimentos que, paradoxalmente, contribuem para a elevação do Everest. “Nossa pesquisa demonstra que, mesmo o pico mais alto do mundo está sujeito a processos geológicos contínuos que podem afetar sua altura de forma mensurável em escalas de tempo geológicas relativamente curtas”, afirma o professor Jingen Dai, coautor do estudo.

Discrepância nas taxas de elevação

O estudo aponta para uma discrepância entre as taxas de elevação de longo e curto prazo do Everest, sugerindo a existência de um mecanismo subjacente que torna o crescimento da montanha ainda mais significativo. Este mecanismo parece estar relacionado à fusão do curso superior do Rio Arun com seu curso inferior, ocorrida há cerca de 89.000 anos. Esse evento intensificou a erosão e impulsionou o aumento da altura do Everest.

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  • A fusão dos cursos do Rio Arun
  • Aumento da erosão das rochas
  • Transporte de sedimentos
  • Contribuição à elevação gradual do Everest

Implicações da pesquisa

A descoberta desafia a ideia de que as montanhas mais altas do mundo são estruturas estáticas, revelando a dinâmica e complexidade dos processos geológicos que moldam a Terra. Essa nova perspectiva não só altera nosso entendimento sobre a formação geológica dos Himalaias, mas também pode influenciar futuros estudos sobre a dinâmica da crosta terrestre.

Além disso, as implicações desse estudo vão além da geologia. A compreensão dos mecanismos que levam ao crescimento do Everest pode influenciar diversas áreas como a sismologia, o estudo do clima e a gestão de recursos naturais na região. Portanto, é fundamental continuar a pesquisa nessas áreas para compreender plenamente os processos envolvidos.

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