
O ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos Daniel Penny, acusado de homicídio culposo após estrangular até a morte o morador de rua Jordan Neely, recebeu U$ 2 milhões (o equivalente a R$ 9 milhões) em doações para suprir os custos com os advogados de defesa. A morte de Neely tem gerado protestos nos Estados Unidos, já que apenas um passageiro foi responsabilizado.
No dia de sua morte, em 1º de maio, Neely entrou no trem gritando com os passageiros em Manhattan. Ele era negro e tinha problemas mentais. Neely tinha 30 anos e era conhecido entre os passageiros do trem “F” pelas imitações de Michael Jackson. Penny foi gravado por outros usuários do transporte estrangulando Jordan Neely por dois minutos e 55 segundos, enquanto outros dois homens o seguraram.
O prefeito Eric Adams classificou o assassinato de Neely como ‘tragédia’, mas pediu paciência. Em um discurso, ele disse que, embora “não tenhamos controle sobre o processo legal, podemos controlar como nossa cidade responde a essa tragédia”.
Neste mês de maio, estão acontecendo protestos dentro da estação de metrô Broadway-Lafayette Street, onde o trem ‘F’ estava parado quando Penny matou o morador de rua. Alguns ativistas de Nova York acreditam que os passageiros que presenciaram a cena têm alguma culpa. “Prenda “todos que estavam naquele trem”, dizia a placa de um manifestante. “Ame e proteja o próximo. Não se mude para cá se estiver com medo de seus vizinhos”, dizia outro. “Se você assistir alguém sufocar e atacar/matar outro, você é cúmplice. Você é responsável”, escreveram manifestantes em um cartaz.
A protest took place on a NYC subway platform in response to the vigilante murder of 30-year-old Jordan Neely who was choked to death by an ex-marine.
There are still no charges for the man who committed this crime. Activists are demanding immediate action. pic.twitter.com/G2CiOyXQt8
— BreakThrough News (@BTnewsroom) May 3, 2023