O resultado das eleições presidenciais atingiu o moral da campanha do candidato do grupo A Liberdade Avança. A equipe de Javier Milei foi dormir no domingo (22) em estado de choque por ter conseguido crescer apenas 800 mil votos em relação às PASO. Nessa segunda-feira (23), todos acordaram cedo e a nova linha já estava marcada: apagar tudo e lousa em branco.
De agora em diante, a campanha de Milei deve fazer o seu melhor para expandir o apoio. A tarefa é titânica. Depois de meses de campanha contra “a casta”, os libertários são agora forçados a encontrar líderes aliados.
É provável que se decida manter a motosserra num porta-malas trancada a sete chaves. A grande dúvida – e onde está a aposta de grande parte da expectativa – é Mauricio Macri.
No curto prazo, foi decidido que a comunicação se concentraria em Milei e sua companheira de chapa, Victoria Villarruel.
Milei acordou na segunda-feira (23) e a partir daí já começaram as primeiras conversas. O candidato concedeu entrevistas e deixou claro qual é o caminho para novembro. Pela manhã, na Rádio Continental, falou sobre a possibilidade de incorporar Patricia Bullrich a um eventual governo.
A mudança não será fácil, pelo menos do ponto de vista do discurso. Ao longo da campanha, o libertário repetiu que Bullrich era uma “montonera assassina” e a líder do Juntos pela Mudança chegou ao ponto de denunciá-lo na Justiça depois de o candidato alegar que em sua juventude ela havia plantado “bombas em jardins de infância”.
Até agora não houve comunicação formal entre os altos escalões dos libertários e Macri, a grande aposta para o segundo turno.
“La campaña hizo que muchos de los que queremos un cambio nos veamos enfrentados. Pero estoy dispuesto a barajar y dar de nuevo para terminar con el kirchnerismo”. Muy bien Milei primereando a Massa pidiendo el voto de los de Cambiemos.
— Iván Carrino (@ivancarrino) October 23, 2023
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