A polícia da Argentina fez uma operação nesta segunda-feira (5) para prender o militante de extrema-direita José Derman após ele publicar um vídeo em apoio ao autor do atentado contra Cristina Kirchner. Derman publicou o vídeo em sua conta no YouTube com o título “Nosso total apoio ao herói brasileiro que tentou fazer justiça aos argentinos“. O conteúdo já foi excluído.
Além da prisão por seu apoio ao atentado, José Derman já tinha passagem pela polícia argentina por enviar fotos íntimas para mulheres que divergiam de sua opinião. O ativista usava sua conta no YouTube para criticar e ridicularizar pautas progressistas na Argentina.
And here’s another article about José Derman: Victims of harassment of the detained far-right militant: “He should have been in prison a long time ago” https://t.co/B2oebI7mI6 because of course he had been harassing women online for years. 6/
— Erin Gallagher (@3r1nG) September 5, 2022
No Facebook, o ativista era membro do “Centro Cultural Kyle Rittenhouse”, grupo extremista que comemora abertamente o atentado contra Kirchner. O grupo se define como um “Espaço anticomunista e anti-ideologia de gênero” e promete “cerveja, bandas de punk rock e outros estilos, rádio aberta, humoristas e venda de artesanatos e produtos usados e muito mais.”
Na casa de José Derman, a polícia argentina encontrou um morteiro e panfletos de apoio à Javier Milei, político também de extrema-direita que tem sido chamado de “Bolsonaro Argentino”. Nas redes sociais, Derman postava desenhos que fazia em homenagem à Jair Bolsonaro e Donald Trump.