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Putin diz que Rússia quer encerrar guerra causada “pelo Ocidente e seus satélites”

O presidente russo participou por videoconferência do encontro com líderes do Brasil, Índia, China e África do Sul reunidos em Joanesburgo

Vladimir Putin disse que a Rússia quer "acabar com uma guerra que foi provocada pelo Ocidente e seus satélites” na Ucrânia.
Por videoconferência, Putin falou sobre a guerra que a Rússia iniciou quando invadiu o país vizinho, em fevereiro do ano passado. (Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente russo Vladimir Putin disse, durante a cúpula do Brics nesta quarta-feira (23), que Moscou quer “acabar com uma guerra que foi provocada pelo Ocidente e seus satélites” na Ucrânia. Ele participou por videoconferência do encontro com líderes do Brasil, Índia, China e África do Sul reunidos em Joanesburgo, e falou sobre a guerra que a Rússia iniciou quando invadiu o país vizinho, em fevereiro do ano passado.

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As demais nações do Brics se abstiveram de condenar as ações da Rússia na Ucrânia, e Putin acrescentou que a guerra era uma “resposta forçada às ações de Kiev e do Ocidente“. As informações são da emissora Al Jazeera. Além das afirmativas anteriores, Putin utilizou sua transmissão em vídeo para justificar o fato de a Rússia ter abandonado o acordo de exportação de cereais do Mar Negro.

Putin ainda sugeriu a Rússia como sede da próxima cúpula do Brics, convidando os líderes para irem à cidade de Kazan em outubro de 2024. Ele não pôde comparecer presencialmente ao evento na África do Sul devido a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) – que é responsável por julgar pessoas acusadas de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de agressão e crimes de guerra.

Por conta do mandado por supostos crimes de guerra na Ucrânia, o presidente russo teria enfrentado uma possível prisão se tivesse comparecido pessoalmente à cúpula, uma vez que a África do Sul é membro do tribunal internacional.

Desocupação da Crimeia

Já na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky se comprometeu em acabar com a ocupação russa da Península da Crimeia e de todas as outras áreas controladas por Moscou no país.

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A Crimeia será desocupada como todas as outras partes da Ucrânia que infelizmente ainda estão sob o domínio do ocupante”, disse durante uma conferência internacional com a presença de mais de 60 países. Em 2014, a Crimeia foi tomada e anexada pela Rússia em um movimento que não foi reconhecido pela maioria dos países.

Após falsos referendos, a Rússia anexou quatro regiões do leste da Ucrânia no ano passado, que Kiev e o Ocidente denunciaram como ilegais.

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