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Quem é Ali Khamenei, líder supremo do Irã?

Aiatolá está no cargo há 40 anos; título é vitalício

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Líder supremo do Irã faz aniversário hoje, entenda seu cargo – Créditos: Canva

Em fevereiro de 2024, a Revolução do Irã completou 45 anos. Motivada por valores anti-imperialistas, a revolta de 1979 substituiu a monarquia vigente por uma república islâmica. Hoje, o sistema conta com elementos democráticos e teocráticos.

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O poder político no país se distribui de forma complexa, mas possui uma figura central: o líder supremo. Há 4 décadas, esse papel é cumprido pelo aiatolá Ali Khamenei.

Quem é o líder supremo?

Ali Khamenei é o sucessor de Ruhollah Khomeini, primeiro líder supremo da República Islâmica e figura essencial para a revolução. Neste posto, ele é a autoridade máxima política e religiosa do país. O aiatolá, que completa 85 anos nesta sexta-feira (19), permanecerá com seu título vitalício.

O líder supremo é responsável por assuntos de segurança, defesa e política externa. Khamenei é quem escolhe os comandantes das Forças Armadas, além de nomear políticos, autoridades religiosas e diretores das mídias estatais.

Outra grande atribuição é a eleição direta de seis membros do Conselho de Guardiões, organização que lidará com questões políticas – eleições, vetos e aprovações de candidatos. Ao todo, conta com 12 especialistas, cujos cargos passam por votação a cada três anos.

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Já o próprio aiatolá é nomeado pela Assembleia de Especialistas, colegiado de 88 especialistas que devem supervisionar seu desempenho.

Essa tarefa recai sobre a Assembleia de Especialistas, colegiado composto por 88 clérigos especialistas na lei islâmica, que devem, em teoria, supervisionar o aiatolá e que têm a competência de destituí-lo. Os integrantes são eleitos pela votação da população, mas somente depois que o Conselho de Guardiões concordar com a lista de candidatos.

Ali Khamenei e as tensões no Oriente Médio

O atual líder supremo do Irã tem manifestado opiniões acentuadas sobre o conflito entre Hamas e Israel. Em fevereiro deste ano, o Meta removeu suas contas do Facebook e Instagram “por violar repetidamente a política sobre organizações e indivíduos perigosos”. O político havia feito publicações em apoio às ações do Hamas e à retaliação palestina, mas negando envolvimento do país.

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Ali Khamenei também chegou a prometer uma resposta ao ataque de Israel à Síria no início de abril, que atingiu o consulado iraniano no país vizinho. Durante seu discurso sobre o fim do Ramadã, afirmou que, “quando o regime sionista ataca um consulado iraniano na Síria, é como se tivesse atacado o solo iraniano. O regime maligno cometeu um erro e deve ser punido. E será”.

Na madrugada desta sexta-feira (19), o Irã registrou explosões perto de uma base militar na cidade de Isfahan. O governo iraniano não tenha revelou a causa do incidente, mas militares dos EUA afirmaram à imprensa que se tratou de um ataque israelense. A ação foi uma resposta a um lançamento de drones e mísseis em direção a Israel.

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