O debate presidencial realizado nesse domingo (12) entre Sergio Massa e Javier Milei abordou diversos temas polêmicos de interesse público, desde o rumo econômico do país às reformas, subsídios, criação de emprego, segurança, política externa e independência do Poder Judiciário, entre outros. Embora seja complexo determinar de forma conclusiva quem foi o candidato vencedor na discussão, a conclusão preliminar dos investigadores pendeu a favor de um dos líderes.
Os candidatos que aspiram à cadeira de Rivadavia estiveram frente a frente pela última vez uma semana antes das eleições. Massa tomou a iniciativa e protagonizou o primeiro bloco: surpreendeu Milei com uma série de perguntas sobre seus projetos mais polêmicos, e o obrigou a confirmar que fechará o Banco Central e dolarizará a economia, caso chegue à Casa Rosada.
Dessa forma, o tigrense começou a definir o rumo da discussão e dominou o trecho inicial dela: com efeito, venceu de forma decisiva esta parte do duelo e encurralou Milei com um interrogatório incômodo.
No segundo bloco, ambos os candidatos compartilharam a iniciativa: um e outro se afastaram dos eixos estabelecidos e houve reclamações cruzadas, além de acusações sobre aposentadorias e relacionamento com empresários.
Por outro lado, notaram-se coincidências em relação ao problema da insegurança, enquanto a inflação, curiosamente, foi o principal tema ausente. Ao não se aprofundar na situação econômica, o líder libertário acabou por abrir mão de um dos argumentos mais fortes contra o seu adversário.
A PERFIL Argentina conversou com os principais analistas sobre quem foi o vencedor do terceiro e último debate antes das eleições presidenciais do próximo fim de semana.
Manuel Zunino, diretor associado da consultoria Proyección, afirmou que durante o evento houve “um contraste muito acentuado” entre os dois candidatos.
“Massa administrou o timing e definiu os enquadramentos e temas discutidos em cada segmento, com base em perguntas e tentando evidenciar as contradições do seu rival”, explicou Zunino.
Por outro lado, o analista político Eduardo Reina disse que “a grande luta do Massa, além de Milei, é com a credibilidade”.
Reina evitou escolher um vencedor e enfatizou que o debate, em sua perspectiva, foi “ruim”. Referindo-se à atuação de Milei, ele alertou que “o disruptivo e o outsider foram absorvidos pela política tradicional”.
🔵 Massa es más pillo, pero además se preparó mejor (durante años).
✍ @waltercuria1.https://t.co/oxOoTBijUG
— Perfil.com (@perfilcom) November 13, 2023
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