SOB PROTESTOS

Reforma da Previdência é aprovada na França: aposentadoria será aos 64 anos

Segundo pesquisas divulgadas, a proposta do presidente Emmanuel Macron é reprovada por cerca de 70% dos franceses.

Reforma da Previdência é aprovada na França: aposentadoria será aos 64 anos
A polêmica Reforma da Previdência levou multidões às ruas nas principais cidade da França (Crédito Foto: Kiran Ridley/Getty Images)

A polêmica Reforma da Previdência foi aprovada pelo Conselho Constitucional da França nesta sexta-feira (14). O projeto de reforma do presidente Emmanuel Macron foi alvo de manifestações e protestos de centenas de milhares de franceses em várias cidades do país. A medida marca uma vitória do governo francês.

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A decisão sobre a Reforma foi publicada no portal do Conselho Constitucional francês, no entanto, com algumas ressalvas. O tópico mais polêmico do texto, a idade mínima de aposentadoria fixada em 64 anos, não sofreu mudanças pelos chamados “sábios”. A idade mínima de aposentadoria dos franceses, até então aos 62 anos, será agora aos 64. Apesar disso, cortou seis medidas secundárias que acompanhariam a proposta.

O Conselho Constitucional era o derradeiro “obstáculo” legislativo restante para a aprovação da medida. Agora, o presidente Emmanuel Macron está livre para sancionar a reforma.

Além do aval, a Corte rejeitou o pedido da oposição para que a proposta fosse levada a referendo popular. Segundo pesquisas, a Reforma da Previdência é reprovada por 70% dos franceses.

De acordo com a imprensa francesa, Macron deve promulgar a medida já nas próximas 48 horas. A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, escreveu nas redes sociais que acredita que “esta noite não há vencedor ou perdedor”.

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Borne e Macron também foram criticados por acionarem um dispositivo da Constituição Francesa que permite a imposição de legislações sem a aprovação parlamentar. Trata-se do Artigo 49.3, considerado polêmico e usado poucas vezes no país.

O ministro do Trabalho francês, Olivier Dussopt, aclamou a decisão dos “sábios”. De acordo com o ministro, a pasta está totalmente mobilizada para implementar a reforma a partir de 1º de setembro.

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