
O prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko disse que os russos estão criando obstáculos durante a retirada de civis da cidade ucraniana. Segundo ele, foi possível remover mais de 100 pessoas dos abrigos antiaéreos que irão para o território controlado da Ucrânia, caso os russos colaborem. Este processo de saída está acontecendo em um nível alto.
Já em relação à retirada de soldados ucranianos, Boichenko disse que é um processo de acordo separado e que as negociações estão em andamento. Além disso, o prefeito de Mariupol comentou sobre os chamados centros de “filtragem” criados pelas forças russas para rastrear pessoas que saem de Mariupol. “Todo mundo que quiser partir para o território controlado pela Ucrânia deve passar por esse procedimento humilhante. Você precisa se inscrever e esperar.”
Boichenko também informou à televisão ucraniana que agora existe uma diminuição no fluxo de pessoas que chegam à Ucrânia, pois os russos estão criando obstáculos para que as pessoas não possam sair. Ainda, o prefeito complementou dizendo que nos locais de filtragem, os homens são deportados para prisões e torturados. “As pessoas são mantidas lá sem comida por dois dias ou mais, dormem em pé”.
Conflito Rússia e Ucrânia
No dia 24 e fevereiro, o governo russo invadiu a Ucrânia e bombardeou regiões do país. Após várias ameaças, Vladimir Putin autorizou os ataques por terra, ar e mar. Um dos motivos desta invasão é a aproximação da Ucrânia com o Ocidente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia entre para OTAN. Além disso, Putin quer aumentar o seu poder de influência na região. A Rússia e a Ucrânia já passaram por outros conflitos. Por mais que hoje, a Ucrânia seja independente, sua relação com a Rússia não é totalmente resolvida.
ONU e Cruz Vermelha iniciaram neste domingo uma operação para evacuar civis da usina de Azovstal, em #Mariupol na #Ucrânia. Depois de quase 2 meses sitiados, mulheres, crianças e idosos seguem para Zaporizka, onde receberão apoio humanitário e serviços psicológicos. pic.twitter.com/zb02b4qmqQ
— ONU News Português (@ONUNews) May 1, 2022