Bruna Cancio dos Santos, mulher brasileira trans de 36 anos, foi encontrada morta na calçada da rua Cariggi, cidade de Rimini, na Itália, onde morava há mais de um ano. O caso aconteceu na tarde da última quinta-feira (25) e vizinhos acionaram a polícia após ouvirem barulhos de briga. Ela era natural do estado do Pará.
Em entrevista à CNN, a sobrinha da vítima, Beatriz Dória, revelou que acredita que Bruna foi assassinada; esta é uma das hipóteses investigadas pela polícia local. Ela teria caído da sacada do apartamento onde residia. Os parentes aguardam o laudo da autópsia.
“Ela estava planejando vir para o Brasil, visitar a nssa família em julho. Ela era o nosso grande amor, o nosso orgulho. Uma pessoa que tem planos de se suicidar, jamais faria isso. Acreditamos muito que ela foi assassinada de forma brutal, pois havia sangue, vidros quebrados, marcas nos braços dela que indicam luta corporal”.
A família denunciou a falta de ajuda do consulado para entender os trâmites legais e trazer o corpo para o Brasil. “Eles estão dando respostas breves e rasas demais. O consulado não ajuda. A gente está arrasado, esperando Justiça e queremos respostas”.
Nesta quarta-feira (24), aconteceu outro caso de violência contra mulheres trans brasileira na Itália. Na ocasião, quatro policiais, com cassetetes e spray de pimenta agrediram a brasileira, em Milão, segunda maior cidade do país.
O caso ganhou repercussão após viralizar nas redes sociais um vídeo gravado por morador local do momento das agressões. O Ministério Público investiga o caso e os policiais foram tirados das rondas policiais, transferidos para serviços administrativos.
A maneira que ela corrobora com a violência contra mulheres trans e travestis é criminosa.
Existe um desejo, da parte dela, de que travestis e mulheres trans continuem às margens e sofrendo. É algo asqueroso e muito violento. Triste.
— Ana Flor 🧜🏽♀️ (@Tdetravesti) March 9, 2022