A Ucrânia disse nesta sexta-feira (13), que a Rússia deportou à força mais de 210 mil crianças desde o início da invasão. A comissária de direitos humanos, Lyudmyla Denisova, afirmou que as crianças estão dentre os 1,2 milhão de ucranianos que foram deportados contra a vontade.
De acordo com a Reuters, o Kremlin não respondeu sobre as alegações de Denisova em relação ao alto número de deportados. Ainda segundo o jornal, durante uma entrevista Denisova comentou que a retirada das crianças priva o país do futuro. “Quando as nossas crianças nos são retiradas, destroem a sua identidade nacional e privam o nosso país do futuro. Eles ensinam nossos filhos lá, em russo, a história que [o presidente russo Vladimir] Putin contou a todos”.
O embaixador da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Michael Carpenter, disse que “os Estados Unidos estimam que as forças russas transferiram milhares de ucranianos para campos de filtragem e para a Rússia ou territórios controlados pela Rússia, às vezes sem lhes dizer qual era seu destino final”.
Ano letivo foi interrompido e uma em cada seis escolas apoiadas pelo Unicef, no leste da Ucrânia, foi danificada ou destruída. Centenas de escolas em todo o país foram atingidas. https://t.co/xLTtfRi4Pi
— ONU News Português (@ONUNews) May 12, 2022
Conflito Rússia e Ucrânia
No dia 24 e fevereiro, o governo russo invadiu a Ucrânia e bombardeou regiões do país. Após várias ameaças, Vladimir Putin autorizou os ataques por terra, ar e mar. Um dos motivos desta invasão é a aproximação da Ucrânia com o Ocidente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia entre para OTAN. Além disso, Putin quer aumentar o seu poder de influência na região. A Rússia e a Ucrânia já passaram por outros conflitos. Por mais que hoje, a Ucrânia seja independente, sua relação com a Rússia não é totalmente resolvida.