Moro, Tebet e D’Ávila admitem união para construir terceira via

Os três pré-candidatos juntos somam 10% das intenções de voto no primeiro turno

moro-tebet-e-davila-admitem-uniao-para-construir-terceira-via
As eleições deste ano ocorrerão no dia 2 de outubro. (Crédito: Andressa Anholete/Getty Images)

Os pré-candidatos à Presidência da República Sergio Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe D’Ávila (Novo) admitiram durante debate nesta sexta-feira (18) que podem se unir em torno da construção de uma “terceira via” nas eleições de 2022. Contudo, os candidatos não disseram quando essa aliança será concretizada.

Publicidade

O debate em que os três estavam reunidos foi promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), onde os candidatos foram questionados por empresários sobre temas relacionados às eleições e economia.

A pesquisa Datafolha de dezembro mostra que os três pré-candidatos juntos somam 10% das intenções de voto no primeiro turno. Sergio Moro soma 9% das intenções; Tebet, 1%; e D’Avila, 0%.

A mesma pesquisa mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro lugar nas intenções de voto, com 48%, e em segundo lugar o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 22%.

Declarações durante o debate

Em seu discurso diante do grupo de empresários, Simone Tebet disse que a população está “desesperada” e que, por isso, já aposta no candidato “menos pior”.

Publicidade

Tebet ainda disse não ser possível saber qual dos três candidatos “vai tocar o coração das pessoas”. “O centro, lá na frente, vai ter que caminhar junto”, afirmou.

“Eu me proponho a isso e sei que os demais também se propõem. Essa preocupação de vocês é nossa preocupação. Temos que ir muito devagar porque, se fizermos a escolha errada, estaremos diante dos dois populistas. Ninguém aqui quer sair do jogo sem antes ter certeza de que está fazendo a melhor opção para o país”, acrescentou Simone.

Em concordância com Tebet, Sergio Moro afirmou que o Brasil “não está destinado a cometer suicídio” e, para ele, não cogita a hipótese de o segundo turno ser formado por “opções extremas”.

Publicidade

“Eu vejo uma ampla avenida. Nós estamos a meses das eleições para construir uma alternativa. O que a gente tem que fazer é falar a verdade do que aconteceu, do que está acontecendo no país e do que nós queremos fazer para o futuro”, afirmou o candidato do Podemos.

“Eu concordo que precisamos, sim, ter uma aglutinação dessa terceira via. Isso, na minha opinião, quanto mais cedo, melhor. Porque esses adversários, além de tudo, jogam com a mentira e com a destruição dos seus oponentes”, completou Moro.

Já o pré-candidato Felipe D’Ávila afirmou aos empresários que os três entraram na disputa pela presidência a fim de “derrotar o populismo”.

Publicidade

“Se esse é o espírito que nos move, como caminhar juntos daqui para frente? Quem vai escolher o candidato do centro é o povo, não vai ser em um jantar, em um almoço como esse que a gente vai tirar aqui uma fichinha e dizer que é o Moro, que sou eu ou que vai ser a Simone. Nós precisamos testar quem tem aderência no discurso popular”, afirmou.

D’Ávila ainda defendeu que sejam feitas outras “rodas de conversa” para discutir as convergências e divergências de propostas de cada um.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.