
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta sexta-feira (9) os primeiros cinco ministros de seu governo. Na lista inicial, foram definidos os chefes das seguintes pastas: Fazenda; Casa Civil; Justiça e Segurança Pública; Defesa e Relações Exteriores.
Ministério da Fazenda
Ministério da Fazenda: @Haddad_Fernando, foi ministro da educação de 2005 a 2012, responsável pela criação do Prouni. pic.twitter.com/602xVq4U91
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Ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad comandará o novo Ministério da Fazenda a partir de 1º de janeiro. A pasta será fruto do desmembramento do atual Ministério da Economia, que também dará origem aos ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Após ter sido anunciado como titular da Fazenda, Haddad afirmou que os primeiros passos da pasta que chefiará em 2023 serão o estabelecimento de uma nova regra fiscal, em substituição ao teto de gastos, a retomada de acordos internacionais e a reforma tributária.
“O importante é a gente ter uma agenda para 2023 forte, recuperar os acordos internacionais, que estão parados, sobretudo União Europeia, a questão do arcabouço fiscal e da reforma tributária, como grandes movimentos nossos, faremos todos”, disse o futuro ministro.
Casa Civil
Casa Civil: @costa_rui, duas vezes governador da Bahia, o mais votado da história do Estado. Ampliou programas como Luz Para Todos e Minha Casa Minha Vida para o povo baiano. pic.twitter.com/NpZV6c1jKG
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O atual governador da Bahia, Rui Costa, será o ministro-chefe da Casa Civil. Ele deixará o governo após ser reeleito em 2018 e emplacar o também petista Jerônimo Rodrigues para sucedê-lo. Costa também já foi deputado-federal de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012 e de abril a dezembro de 2014 e foi secretário da Casa Civil na Bahia de 2012 a 2014.
A Casa Civil funciona como uma espécie de centro administrativo do governo federal, responsável por articular a execução das políticas públicas pelos demais ministérios. O cargo costuma ser ocupado por um político de confiança do presidente da República. Lula, por exemplo, teve a ex-presidente Dilma Rousseff como chefe da Casa Civil. A atuação de Dilma na pasta a qualificou para ser a indicada do PT à sucessão de Lula.
Justiça e Segurança Pública
Minstério da Justiça: @FlavioDino, foi governador do Maranhão, juiz federal, presidente da Embratur, professor da UFMA e nas últimas eleições foi eleito senador pelo povo do Maranhão. pic.twitter.com/GEwkrL6Cxc
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Ex-governador Maranhão e senador eleito pelo estado, Flávio Dino assumirá o novo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele, que já foi juiz federal, deputado federal e presidente da Embratur, é um dos nomes da esquerda mais elogiados por Lula entre os que conquistaram mandato.
Durante a coletiva de anúncio do novo governo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, Dino disse já ter proposto, ao presidente eleito, o nome do delegado Andrei Rodrigues para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
“Levamos em conta, sobretudo, a necessidade de restauração da plena autoridade e legalidade das polícias, também a experiência profissional, inclusive na Amazônia brasileira, uma área estratégica para esse governo e para a segurança pública. E participou do principal, diálogo com estados e municípios. Participou da preparação da Copa e Olimpíada”, disse Flávio Dino.
Andrei cuidou da segurança de Lula durante a campanha eleitoral e integra a equipe de transição de governo. Ele também já exerceu o cargo de secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos e atuou como responsável pela segurança da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Defesa
Ministério da Defesa: José Múcio, foi ministro das Relações Institucionais de 2007 a 2009 e ministro do Tribunal de Contas da União de 2009 a 2021. pic.twitter.com/46fhcvw8rB
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Múcio foi deputado-federal por cinco mandatos consecutivos, de 1991 a 2007, quando deixou o Congresso para ser ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais de Lula por dois anos. Ele foi indicado para o TCU pelo petista em 2009 e se aposentou em 2020.
O futuro ministro também discursou na coletiva desta sexta-feira e disse que o critério a ser utilizado para escolha dos comandantes das Forças Armadas será o da antiguidade, ou seja, serão selecionados aqueles militares com mais tempo de serviço em cada instituição.
Ainda, segundo o futuro ministro, os nomes seriam o tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno na aeronáutica, o general Julio Cesar de Arruda no exército e o almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen na marinha. Já o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas deve ser o almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire.
Relações Exteriores
Ministério das Relações Exteriores: Mauro Vieira, foi embaixador na Argentina e Estados Unidos, chanceler do governo federal em 2015. É embaixador na Croácia. pic.twitter.com/d5hUZZMS6c
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Por último, Lula anunciou o embaixador Mauro Vieira como novo ministro das Relações Exteriores a partir de 2023. Será a segunda vez que o embaixador e servidor de carreira do Itamaraty assumirá a pasta. Ele já a comandou no segundo governo de Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016, e deixou o cargo após ela sofrer impeachment.
Atualmente, o diplomata de carreira chefia a Embaixada do Brasil em Zagreb, capital da Croácia. Também já foi embaixador do Brasil na Argentina entre 2004 e 2010; embaixador do Brasil nos Estados Unidos entre 2010 e 2015; e representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2016 e 2020.
Além do Itamaraty, Vieira já trabalhou no Ministério da Ciência e Tecnologia, onde foi secretário-geral adjunto de Ciência e Tecnologia e no Ministério da Previdência e Assistência Social, onde exerceu o cargo de Secretário Nacional da Administração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).