NOVO GOVERNO

Confira os perfis dos ministros escolhidos por Lula

Presidente eleito anuncia Fernando Haddad, Mauro Vieira, Rui Costa, Flávio Dino e José Múcio.

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(Crédito: Reprodução/ Instagram)

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta sexta-feira (9) os primeiros cinco ministros de seu governo. Na lista inicial, foram definidos os chefes das seguintes pastas: Fazenda; Casa Civil; Justiça e Segurança Pública; Defesa e Relações Exteriores.

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Ministério da Fazenda

Ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad comandará o novo Ministério da Fazenda a partir de 1º de janeiro. A pasta será fruto do desmembramento do atual Ministério da Economia, que também dará origem aos ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e de Planejamento, Orçamento e Gestão.

Após ter sido anunciado como titular da Fazenda, Haddad afirmou que os primeiros passos da pasta que chefiará em 2023 serão o estabelecimento de uma nova regra fiscal, em substituição ao teto de gastos, a retomada de acordos internacionais e a reforma tributária.

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“O importante é a gente ter uma agenda para 2023 forte, recuperar os acordos internacionais, que estão parados, sobretudo União Europeia, a questão do arcabouço fiscal e da reforma tributária, como grandes movimentos nossos, faremos todos”, disse o futuro ministro.

Casa Civil

O atual governador da Bahia, Rui Costa, será o ministro-chefe da Casa Civil. Ele deixará o governo após ser reeleito em 2018 e emplacar o também petista Jerônimo Rodrigues para sucedê-lo. Costa também já foi deputado-federal de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012 e de abril a dezembro de 2014 e foi secretário da Casa Civil na Bahia de 2012 a 2014.

A Casa Civil funciona como uma espécie de centro administrativo do governo federal, responsável por articular a execução das políticas públicas pelos demais ministérios. O cargo costuma ser ocupado por um político de confiança do presidente da República. Lula, por exemplo, teve a ex-presidente Dilma Rousseff como chefe da Casa Civil. A atuação de Dilma na pasta a qualificou para ser a indicada do PT à sucessão de Lula.

Justiça e Segurança Pública

Ex-governador Maranhão e senador eleito pelo estado, Flávio Dino assumirá o novo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele, que já foi juiz federal, deputado federal e presidente da Embratur, é um dos nomes da esquerda mais elogiados por Lula entre os que conquistaram mandato.

Durante a coletiva de anúncio do novo governo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, Dino disse já ter proposto, ao presidente eleito, o nome do delegado Andrei Rodrigues para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

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“Levamos em conta, sobretudo, a necessidade de restauração da plena autoridade e legalidade das polícias, também a experiência profissional, inclusive na Amazônia brasileira, uma área estratégica para esse governo e para a segurança pública. E participou do principal, diálogo com estados e municípios. Participou da preparação da Copa e Olimpíada”, disse Flávio Dino.

Andrei cuidou da segurança de Lula durante a campanha eleitoral e integra a equipe de transição de governo. Ele também já exerceu o cargo de secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos e atuou como responsável pela segurança da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

Defesa

Ex-presidente do Tribunal de Contas de União, José Múcio Monteiro foi escolhido para chefiar a pasta da Defesa, ministério ao qual estão vinculados o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Será o primeiro civil no cargo em quase cinco anos. Ele é considerado um nome com bom trânsito entre militares

Múcio foi deputado-federal por cinco mandatos consecutivos, de 1991 a 2007, quando deixou o Congresso para ser ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais de Lula por dois anos. Ele foi indicado para o TCU pelo petista em 2009 e se aposentou em 2020.

O futuro ministro também discursou na coletiva desta sexta-feira e disse  que o critério a ser utilizado para escolha dos comandantes das Forças Armadas será o da antiguidade, ou seja, serão selecionados aqueles militares com mais tempo de serviço em cada instituição.

Ainda, segundo o futuro ministro, os nomes seriam o tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno na aeronáutica, o general Julio Cesar de Arruda no exército e o almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen na marinha. Já o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas deve ser o almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire.

Relações Exteriores

Por último, Lula anunciou  o embaixador Mauro Vieira como novo ministro das Relações Exteriores a partir de 2023. Será a segunda vez que o embaixador e servidor de carreira do Itamaraty assumirá a pasta. Ele já a comandou no segundo governo de Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016, e deixou o cargo após ela sofrer impeachment.

Atualmente, o diplomata de carreira chefia a Embaixada do Brasil em Zagreb, capital da Croácia. Também  já foi embaixador do Brasil na Argentina entre 2004 e 2010; embaixador do Brasil nos Estados Unidos entre 2010 e 2015; e representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2016 e 2020.

Além do Itamaraty, Vieira já trabalhou no Ministério da Ciência e Tecnologia, onde foi secretário-geral adjunto de Ciência e Tecnologia e no Ministério da Previdência e Assistência Social, onde exerceu o cargo de Secretário Nacional da Administração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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