O Grupo Bandeirantes de Comunicação realizou na noite desta segunda-feira (10) o primeiro debate do segundo turno das eleições entre os candidatos ao governo de São Paulo. Com mediação do jornalista Rodolfo Schneider, o evento contou com o confronto direto entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).
Em um modelo que favoreceu o confronto direto, os candidatos aproveitaram o espaço do palco para debaterem suas ideias para o estado, caso sejam eleitos. Em três blocos, os candidatos abordaram temas como o ICMS, educação, segurança pública e orçamento secreto.
Primeiro bloco
No primeiro bloco, os candidatos responderam uma pergunta do jornalista Rodolfo Schneider sobre a tarifa do ICMS, que está em 18%, e o que eles fariam para mantê -la caso eleitos. Tarcísio destacou que irá manter a redução e também ampliará a medida para outros segmentos. Já Haddad disse que também irá manter a alíquota reduzida, mas criticou o governo federal “por fazer caridade com o dinheiro alheio, retirando verba dos governadores”.
Em seguida, os candidatos começaram o primeiro confronto direto com temas livres. Primeiro, Tarcísio questionou o sobre segurança pública e sobre uma fala do ex-presidente Lula, que disse que “Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policial.” Haddad explicou que Lula já se desculpou pela declaração e explicou querer usar a palavra “milícia” e não “polícia”. Ele ainda atacou a proposta do opositor de retirar do uniforme as câmeras de policiais.
O candidato do PT também circulou pelo palco criticando medida do governo federal durante da pandemia da Covid-19, firmando que faltaram vacinas e ressaltando que Tarcísio não apresenta propostas para saúde pública.
Tarcísio de Freitas revelou durante o primeiro bloco que já foi vítima de depressão. “Eu já tive depressão e tive que buscar tratamento. Vamos criar centros de referência para tratar a depressão. A gente não pode mais perder vidas para o suicídio”, afirmou.
Segundo bloco
O segundo bloco contou com perguntas feitas por jornalistas do Grupo Bandeirantes de Comunicação, que abordaram diversos temas.
A primeira a realizar a pergunta foi a jornalista da rádio Bandeirantes Thaís Freitas, que questionou os candidatos sobre segurança pública. Haddad defendeu uma policial civil forte e integrada com a polícia militar, para combate ao crime organizado. Já Tarcísio disse que o investimento em segurança pública é essencial e que irá aumentar o efetivo policial.
A última pergunta foi feita pela jornalista Paula Valdez, que questionou os candidatos sobre propostas para educação. Fernando Haddad relembrou seu tempo no Ministério da Educação e afirmou que irá adotar medidas emergenciais para recuperar o tempo perdido na pandemia, como com o plano de alfabetização, cujo objetivo é recuperar o tempo perdido durante a pandemia. Já Tarcísio abordou novamente a questão da saúde mental e afirmou que terá cuidado com a remuneração dos professores.
Terceiro bloco
No terceiro bloco os candidatos voltaram ao confronto direto, com 15 minutos para cada um administrar como responder e comentar. Os assuntos privatização e orçamento secreto dominaram o bloco. Tarcísio de Freitas disse que gosta do modelo de gestão e citou casos de sucesso de empresas privatizadas e afirmou que pretende privatizar a Sabesp e também o porto de Santos para gerar mais empregos e fomentar o turismo na baixada santista. Já Haddad disse ser um erro privatizar a Sabesp e perguntou se algum país no mundo privatizou algum porto e teve sucesso.
Tarcísio diz que defende um orçamento com menor vinculação de receita. Haddad diz que Tarcísio tem boas intenções, mas que não vai tirar do papel promessas do Orçamento federal porque o Orçamento está na mão do Congresso. O petista diz que esse modelo está falido e que é preciso retomar o orçamento participativo.