“Não é uma vitória minha ou do PT, mas de um imenso movimento democrático, que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais, das ideologias, para que a democracia saísse vencedora”, disse o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo no primeiro pronunciamento, após a confirmação da vitória sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Democracia. pic.twitter.com/zvnBbnQ3HG
— Lula 13 (@LulaOficial) October 30, 2022
“É hora de baixar as armas e levantar a bandeira do diálogo”, disse Lula. Com 100% das urnas apuradas, o petista obteve 60,3 milhões de votos, e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos. Vitória apertada, a exemplo do que aconteceu em 2014 quando Dilma Rousseff (PT) venceu o tucano Aécio Neves (PSDB). Aécio quis questionar o resultado das urnas. Bolsonaro ainda não reconheceu a vitória de Lula, como tradicionalmente, os derrotados fazem após o resultado oficial.
Pacificar o país, no âmbito político e religioso é o primeiro ponto a ser tratado. Lula já destacou que não são dois ‘Brasis’, mas um só. Há algum tempo, o petista usou uma frase do educador Paulo Freire: “unir os divergentes para vencer os antagônicos“. Assim, Lula já se justificava em relação à inusitada chapa com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB).
Nós conseguimos, @LulaOficial!
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 1️⃣3️⃣ (@geraldoalckmin) October 30, 2022
Outro desafio imediato de Lula será na economia: é preciso dar uma resposta firme sobre o rombo de mais de R$ 100 bilhões no Orçamento de 2023. O petista tem falado que fará um governo com “responsabilidade fiscal” e é grande a expectativa para saber quem será seu ministro da Fazenda e integrantes da equipe. Entre as medidas dos 100 primeiros dias de governo, Lula já fala em um plano emergencial, com ações de combate à fome, principalmente.