CONTROVÉRSIA

Em comício de Boulos com Lula, hino nacional é cantado em linguagem neutra

A intérprete do evento alterou o verso “dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil”, utilizando “des filhes”

A intérprete alterou o verso "dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil", utilizando "des filhes", uma linguagem neutra.
O evento aconteceu na Praça Campo Limpo e contou com a presença do presidente Lula – Créditos: Reprodução/ X

Durante um comício do candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), uma intérprete declamou o Hino Nacional utilizando linguagem neutra. O evento, realizado na Praça do Campo Limpo, contou com a presença de Marta Suplicy (PT), vice-prefeita de Boulos, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em um trecho do hino, a intérprete alterou o verso tradicional “dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil para “des filhes deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil”. Esse ato provocou reações acaloradas entre políticos e a população, gerando uma onda de discussões nas redes sociais e nos meios de comunicação. Veja o momento:

Oposição reage ao uso de linguagem neutra no hino

Diversos líderes e parlamentares da oposição se manifestaram contra a alteração do hino, acusando a intérprete e os organizadores do evento de desrespeito aos símbolos nacionais.

No X, antigo Twitter, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que a  mudança seria um ataque à cultura e à língua. “A intenção era tirar sarro?“, ironizou. Outras figuras da oposição, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também criticaram severamente o uso da linguagem neutra no hino. “Desrespeitar os símbolos nacionais é crime, um crime que aconteceu embaixo do nariz do presidente da República”, afirmou o parlamentar.

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Um dos pontos mais debatidos é se a alteração durante a declamação do Hino Nacional constitui um crime. De acordo com a lei brasileira, o Hino Nacional é um dos quatro símbolos nacionais, juntamente com a Bandeira, as Armas Nacionais e o Selo Nacional. Alterar ou desrespeitar qualquer um desses símbolos pode ser considerado passível de penalidade.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) compartilhou a sua indignação. “Cantar o hino nacional dessa forma não é só vergonhoso. É crime, mas a esquerda não se importa”, escreveu.

Já o deputado estadual Thiago Gagliasso (PL-RJ) atacou os políticos presentes no evento. “Os desgraçados cantaram o hino nacional em linguagem neutra”.

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