CIDADANIA NORUEGUESA

Ex-mulher de Bolsonaro perde nacionalidade brasileira

Ana Cristina Valle não seguiu as regras da Constituição Federal para adquirir dupla cidadania.

Ex-mulher de Bolsonaro perde nacionalidade brasileira
Ana Cristina, ex-mulher de Bolsonaro (Crédito: Reprodução/ Instagram)

Ana Cristina Valle, ex-mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, perdeu a nacionalidade brasileira depois de adquirir cidadania norueguesa. A informação foi divulgada no Diário Oficial da União, nesta segunda-feira (06).

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A decisão foi do Ministério da Justiça e Segurança Pública, depois da advogada obter uma outra nacionalidade sem seguir algumas regras impostas pela legislação. A Constituição Federal prevê que brasileiros possam ter dupla cidadania apenas no caso de terem nascido em território estrangeiro ou serem descendentes de estrangeiros depois do reconhecimento pela lei do outro país. Também é válido no caso de uma imposição pela norma do território em que o brasileiro reside, para que assim ele possa permanecer ou exercer direitos civis.

Em seu post mais recente no Instagram, Ana Cristina publicou um vídeo usando um grande casaco enquanto nevava, sem divulgar a localização. “A vida aqui também não é fácil, não”, diz. “Acha que é só glamour? Não. Saindo do trabalho.”

CARREIRA POLÍTICA

Nas últimas eleições, a ex-mulher de Bolsonaro foi candidata a deputada distrital pelo Distrito Federal. Ela não conseguiu se eleger, recebendo apenas 0,09% dos votos válidos.

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Ana Cristina já havia tentado uma vaga na Câmara dos Vereadores do DF em 2020, mas perdeu para o enteado Carlos Bolsonaro. Em 2018, também tentou a vaga de deputada federal pelo Rio de Janeiro, mas fracassou.

INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

Ana Cristina foi investigada pela Polícia Federal, que identificou a movimentação de R$ 9,3 milhões em transações financeiras de 2019 a 2022, a partir de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A investigação foi iniciada depois de uma apuração sobre Jair Renan, quarto filho do ex-presidente, onde foram encontradas transações suspeitas depois da compra de uma mansão pela ex-mulher de Bolsonaro. A casa, localizada em bairro nobre de Brasília e que serviu de moradia para a advogada e o filho, foi avaliada em R$ 3,2 milhões de reais.

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Consideradas atípicas, as movimentações ultrapassaram quantias geralmente feitas por Ana Cristina. O maior salário que recebeu, na época, foi de R$ 8 mil como assessora parlamentar. Ela negou as acusações de irregularidade.

*Texto de Beatriz Moreno sob supervisão de Rafaella Marinho.

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