após o 2º turno das eleições

General Augusto Heleno: “Presença de Cid em suposta reunião golpista é fantasia”

À PF, ex-ajudante de ordens disse que ex-presidente e Forças Armadas teriam discutido ideia golpista

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(Crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)
Em depoimento, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno classificou como “fantasia” o relato do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, de que teria presenciado reuniões em que o então presidente Jair Bolsonaro e chefes das Forças Armadas supostamente trataram de um golpe de Estado.

A declaração do general da reserva aconteceu durante depoimento à CPI dos Atos Golpistas, após um questionamento formulado pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

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Declaração à Polícia Federal

À Polícia Federal, Mauro Cid disse que Bolsonaro teria se reunido com integrantes da Marinha e do Exército. Nesses encontros, o ex-presidente falou supostamente sobre uma “minuta de golpe”, que previa ilegalidades, como afastamento de autoridades.

O ex-ajudante de ordens ainda afirmou que o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, que supostamente estava na reunião, teria manifestado apoio à ideia. O general foi questionado sobre ocorrência dessa reunião e declarou:

“Não [tive conhecimento]. E eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião com os comandantes de força e participar da reunião. Isso é fantasia. É fantasia”.

Vazamento da delação?

Heleno também criticou a divulgação de trechos da delação de Mauro Cid. “Me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa. Ninguém sabe o que o Cid falou”, declarou o ex-GSI.

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Minuta do golpe

No depoimento, Augusto Heleno foi questionado sobre a existência de um documento com diretrizes para o estabelecimento de um golpe de Estado no Brasil.

“Nunca. Nunca nem ouvi falar. Eu estou sobre juramento. O presidente da República disse várias vezes, na minha presença, que jogaria dentro das quatro linhas da Constituição. E eu não tive a intenção de fazê-lo sair das quatro linhas”, disse.

Em determinado momento, o general Augusto Heleno se irritou com as perguntas da relatora.

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